Junho de 2013: o que aconteceu com os jornalistas agredidos?

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(redebrasilatual.com.br)

Dois anos depois: o que aconteceu com os jornalistas agredidos?

O levantamento “Agressões a comunicadores durantes manifestações”, feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), mostra que de 10 de maio de 2013 a 16 de março de 2014 (última atualização), 220 profissionais foram agredidos no país, sendo 174 por policiais ou outros agentes da área de segurança.
A partir desses dados, IMPRENSA escolheu o mês de junho de 2013, que ficou marcado pelo tamanho das manifestações e pela violência policial contra a imprensa, para realizar a pesquisa “Junho de 2013, dois anos depois: o que aconteceu com os jornalistas agredidos por policiais e seguranças?”
Somente naquele mês de junho, a Abraji registrou 49* agressões a profissionais de SP (30), CE (6), RJ (4), BA (4), DF (2), ES (2) e MG (1). Nos tipos de violência mais citados estão “agredido por policiais com cassetete”, “agredido por policiais com bala de borracha”, “agredido por policiais com spray de pimenta” e “preso e levado à delegacia”, mas houve até casos como “agredido por policiais com tiro de borracha no rosto” e “atropelado por viatura”.
De 20 a 28 de abril de 2015, os 49 profissionais foram procurados individualmente por telefone, e-mail, assessoria ou redes sociais, para responder a basicamente três questões: "Você abriu algum processo? Por quê?", "Depois de ser agredido, se sente seguro para cobrir manifestações e protestos?" e "Após dois anos, como você avalia a relação entre imprensa e polícia na cobertura de manifestações e protestos?"
A ideia da pesquisa não é destacar um ou outro caso, mas tentar dar um quadro do que esses profissionais fizeram após a agressão, do que eles pensam sobre a investigação e punição dos responsáveis, além de como eles enxergam a relação entre polícia e imprensa nesse tipo de cobertura. Por isso, nenhum depoimento será identificado.
Dos 49 comunicadores alvo de violência naquele mês, 30 responderam IMPRENSA, e o resultado você confere nos gráficos e depoimentos na galeria.
*Procurada, a Secretaria de Segurança do São Paulo, onde ocorreu a maior parte dos casos não respondeu até o encerramento desta.
 

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