30 Outubro 2012

CRONOLOGIA: GUILLERMO CANO ISAZA

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17 de dezembro de 1986: Guillermo Cano Isaza é assassinado. Abril de 1987: O caso é enviado ao Tribunal de Instrução Criminal N. 60. O juiz do caso recebe ameaças de morte. A investigação passa para o juiz Andrés Enrique Montañez, chefe do Tribunal de Instrução Criminal N. 71. 12 de abril: Os bandidos do cartel explodem o busto de Cano erigido em um parque público em Medellín. 25 de maio: A polícia encontra o corpo de Alvaro García Saldarriaga, o pistoleiro que matara Cano, na cidade de Cali. Junho: Edison Harvey Hill Muñoz, conhecido como Moquis, é assassinado quando a polícia anti-narcóticos vasculha sua casa. A polícia encontra a motocicleta usada pelos sicários para matar Cano. Hill Muñoz é identificado como o treinador dos pistoleiros. 9 de julho: Primeiras indiciações expedidas contra Pablo Escobar, Gilberto Rodríguez, Evaristo Porrás e vários membros da gangue de drogas Los Priscos. O juiz Montañez sai de férias, e o juiz substituto Eduardo Triana é nomeado temporariamente para o caso. 27 de julho: María Ofelia Saldarriaga, mãe do pistoleiro, é detida pela polícia. Saldariaga havia comprado a moto utilizada no assassinato de Cano. 30 de julho: Autoridades grampeiam o telefone de Saldarriaga, escutam-na ligar para o segundo pistoleiro, Pablo Enrique Zamora, conhecido como El Rolo. Falam sobre a motocicleta. Mais tarde, nesse mesmo dia, a polícia prende El Rolo quando ele tenta escapar através da cidade costeira de Barranquilla. 31 de julho: Saldarriaga nega qualquer conexão com o crime. A polícia a interroga sobre o dinheiro depositado em sua conta bancária. Ela diz que seu filho Alvaro García Saldarriaga havia lhe dado US$15.000 (ao câmbio oficial em 1986). 3 de agosto: O juiz Triana ordena a prisão de Saldarriaga e El Rolo. 5 de agosto: O juiz Triana parte para a Europa. 15 de agosto: O juiz Montañez, novamente designado para o caso Cano, o rejeita, dizendo que não pertence à sua jurisdição. Envia o caso de volta para o Supremo Tribunal. 21 de setembro: O Supremo Tribunal determina que não exitem bases para recurso nas ordens de prisão de Saldarriaga e El Rolo. O juiz Carlos Eduardo Valencia também determina que a decisão de mudança de jurisdição, tomada pelo juiz Montañez, era inadmissível. O caso foi novamente transferido para a corte do juiz Montañez, mas o juiz ignora a decisão do Supremo Tribunal. O caso continua sem um tribunal permanente. 25 de setembro: Um juiz temporário no Tribunal N. 85 expede mandados de prisão contra Carlos Emilio Montoya, identificado como olheiro no assassinato de Cano. Montoya é mais tarde absolvido porque as testemunhas que inicialmente o apontaram não podem se lembrar dele na época do julgamento, nove anos mais tarde. Dezembro: O juiz Montañez expede uma indiciação contra Zamora, ou El Rolo, Montoya, ou Quimilio, e outros membros da Los Priscos. O juiz Montañez suspende o caso contra Escobar, Porrás e Rodríguez Gacha. 13 de dezembro: O juiz Montañez, aceitando um pedido de habeas-corpus para o reputado traficante de drogas Jorge Luis Ochoa, ordena sua libertação de uma cadeia de Bogotá, onde estava cumprindo pena de 36 meses. 8 de janeiro de 1988: O juiz Montañez é demitido devido à decisão sobre Ochoa. Um mandado de prisão é expedido contra o juiz, após surgimento de informações associando-o a pagamentos recebidos de traficantes de drogas. O Escritório do Promotor-Geral investiga o juiz, mas a investigação é interrompida inexplicavelmente. 27 de fevereiro: O caso Cano é transferido para a juíza Consuelo Sánchez Durán, chefe do Tribunal de Instrução Criminal N. 87. Ela emite um mandado de prisão contra Molina Yepes. 4 de março: Molina Yepes escapa. 6 de março: Um mandado de prisão é reemitido para Molina Yepes. 15 de março: Molina Yepes recorre ao mandado de prisão. 7 de abril: A juíza Sánchez Durán determina que Escobar e Rodríguez Gacha, Porrás e Molina Yepes foram os mandantes do assassinato de Cano. A defesa recorre à decisão da juíza Sánchez Durán. 26 de maio: O juiz Valencia confirma a ordem para que se inicie o julgamento de Escobar, Porrás, Gacha e Molina Yepes. 16 de junho: A juíza Sánchez Durán decide adiar o julgamento e investigar mais profundamente a Los Priscos, uma gangue de assassinos do Cartel de Medellín. 19 de julho: A juíza Sánchez Durán encerra a investigação sobre Los Priscos, encontrando mais evidências circunstanciais que implicam Escobar, Rodríguez Gacha, Porrás, Héctor Villegas e Molina Yepes. 24 de julho: A juíza Sánchez determina que a Los Priscos era o braço executivo do Cartel de Medellín. Cita evidências associando-os a uma lista de assassinatos de pessoas influentes, que culminaram com o assassinato de Cano. 30 de julho: Os Extraditáveis, como o braço militar do cartel de Medellín se denomina, emitem um aviso à juíza Sánchez Durán contra a indiciação de Pablo Escobar. 24 de agosto: A juíza Sánchez Durán emite a indiciação. Novembro: O presidente Virgilio Barco declara um estado de emergência e introduz a justicia de orden público ou "justiça de ordem pública". Esta acaba com o julgamento com júri e protege as identidades de investigadores, juízes e promotores. Mas o caso Cano permanece no sistema regular de justiça porque já havia sido iniciado. 16 de dezembro: O julgamento deveria ter sido iniciado nesta data, o segundo aniversário do assassinato de Cano. Mas a defesa adia o julgamento por motivos de doença. 29 de março de 1989: Héctor Giraldo Gálvez, o advogado da família Cano, é assassinado em Bogotá. 16 de maio: O Supremo Tribunal N. 29, de Bogotá, abre o julgamento, apenas para interrompê-lo quando dois advogados de defesa não aparecem. 19 de maio: Em uma carta pública, o diretor do DAS avisa o promotor federal que o cartel está tentando sabotar o julgamento, e que identificou os membros do júri. A corte adia o julgamento e tenta oferecer maior segurança para o júri. A data do próximo julgamento é marcada para 7 de junho. 7 de junho: Começa o julgamento público, mas é suspenso após reclamações do júri sobre ameaças de morte. O juiz determina que todos os réus, incluindo os autores intelectuais e os pistoleiros, devem ser julgados simultaneamente e não separadamente, como a defesa deseja. 16 de agosto: O juiz do Supremo Tribunal, Carlos Valencia, rejeita um recurso da defesa contra a decisão da juíza Sánchez Durán. Algumas horas mais tarde, é assassinado enquanto espera um ônibus no centro de Bogotá. Agosto: O presidente Virgilio Barco estende o estado de emergência. A justiça "sem rosto" é introduzida, um sistema mais secreto do que a anterior "justiça de ordem pública". 2 de setembro: Uma bomba de 150 quilos explode do lado de fora da sede do El Espectador, causando perda de pelo menos um milhão de dólares. Pablo Escobar assume a responsabilidade. 7 de setembro: O Supremo Tribunal de Bogotá combina os casos de Guillermo Cano e do juiz do Supremo Tribunal Hernando Baquero Borda. Ambos envolviam os mesmos acusados. A corte tenta transferir o caso para a justiça sem rosto, mas a defesa objeta. 21 de novembro de 1990: O julgamento Cano é reiniciado. O adiamento de 14 meses havia sido causado pela campanha de terror do Cartel de Medellín, incluindo carros-bomba e assassinatos. O julgamento é mantido no sistema regular com um júri sob proteção especial. O julgamento termina sem um ve redito porque a juíza Sánchez Durán estava preocupada com a segurança do júri. A acusação ganha uma petição para transferir o caso para o sistema de justiça "sem rosto" (que funciona sem júri). Maio de 1991 A defesa recorre e ganha uma moção de retornar o caso ao sistema regular. O caso volta para o Supremo Tribunal N.29. Julho de 1991 Quando Escobar se entrega ao governo colombiano, a comarca de Medellín pede à corte de Bogotá que transfira o caso para sua jurisdição. 22 de agosto de 1995: O caso vai finalmente a julgamento. 6 de outubro de 1995: María Ofelia Saldarriaga, Pablo Enrique Zamora, Luis Carlos Molinas Yepes e Carlos Martínez Hernández são considerados culpados de conspiração para execução de um crime. São condenados a 16 anos e 8 meses na cadeia. Os advogados estão recorrendo dos sentenças. 30 de julho de 1996: O Supremo Tribunal de Bogotá revogou sentenças anteriores e ordenou a libertação de Saldarriaga, Zamora e Martínez. Sustentou a sentença contra Molina Yepes, que permanece como fugitivo. 18 de fevereiro de 1997: Molina Yepes é capturado pela polícia em Bogotá, enquanto almoçava.

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