14 Julho 2012

Paraenses acusados de mandar matar jornalista

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O empresário paraense Gláucio Alencar Pontes Carvalho, fornecedor de merenda escolar para várias prefeituras do Maranhão e suspeito de agiotagem no interior daquele estado, e o pai dele, identificado por Miranda, foram presos quarta-feira (13) pela polícia maranhense acusados de serem os mandantes do assassinato do repórter do jornal “O Estado do Maranhão” e blogueiro, Décio Sá, no dia 27 de abril passado, em um bar às proximidades de uma praia de São Luís. Também foi preso na operação policial o pistoleiro Jonatas de Sousa Silva, de 24 anos, que mora em Xinguara, no sul do Pará. Segundo as investigações policiais, Silva seria o autor dos cinco disparos que mataram o jornalista.
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O empresário paraense Gláucio Alencar Pontes Carvalho, fornecedor de merenda escolar para várias prefeituras do Maranhão e suspeito de agiotagem no interior daquele estado, e o pai dele, identificado por Miranda, foram presos quarta-feira (13) pela polícia maranhense acusados de serem os mandantes do assassinato do repórter do jornal “O Estado do Maranhão” e blogueiro, Décio Sá, no dia 27 de abril passado, em um bar às proximidades de uma praia de São Luís. Também foi preso na operação policial o pistoleiro Jonatas de Sousa Silva, de 24 anos, que mora em Xinguara, no sul do Pará. Segundo as investigações policiais, Silva seria o autor dos cinco disparos que mataram o jornalista. O crime teve repercussão internacional e sua investigação mobilizou a cúpula da polícia civil daquele. A vítima era conhecida na imprensa maranhense por sua combatividade contra ladrões do dinheiro público e pelas denúncias que fazia em suas reportagens contra agiotas. Para o delegado Marcos Afonso Junior, que comandou as investigações, o caso está elucidado. Durante a prisão de Gláucio, Miranda e Silva foram também presos o revendedor de veículos de apelido “Júnior Bolinha”, de Santa Inês, o subcomandante do Choque da Polícia Militar do Maranhão, capitão Fábio Aurélio Saraiva Silva, além de dois empregados de “Bolinha”, de apelidos “Bochecha” e “Balão”, ambos também residentes no Pará. A operação “Detonando”, para prender os acusados, ocorreu em três cidades do Maranhão - São Luís, Santa Inês e Zé Doca -, e em municípios do Pará. De acordo com as investigações, a pistola ponto 40, usada para matar o repórter, pertence ao capitão Fábio Aurélio Silva. As características de Jonatas Silva conferem com as mostradas em um retrato falado divulgado pela polícia no dia 1º deste mês, mas o pistoleiro estaria com os cabelos cortados. Um dos suspeitos de participar do assassinato do jornalista, Valdênio José da Silva, chegou a ser preso, mas por falta de provas consistentes, acabou sendo libertado. Na última segunda-feira (12), Valdênio foi assassinado dentro de casa, na Vila Talita, em Raposa, na região metropolitana de São Luís, também com cinco tiros. Para a polícia, postagens feitas por Décio Sá em seu blog ajudaram a elucidar o crime. A trama para matá-lo estaria ligada a duas postagens, intituladas “homem que devia a agiotas no Maranhão é executado em Teresina” e “morte de Fábio Brasil vai dar muito o que falar”. Décio postou que Fábio Brasil, o “Fabinho”, conhecido agiota de Teresina, teria contratado um pistoleiro para matar Gláucio Alencar, a quem devia R$ 200 mil. O acerto para o assassinato seria de R$ 100 mil. “FOSTE TU” Ocorre que, sem dinheiro para pagar pelo crime que havia encomendado, “Fabinho” foi descoberto quando o próprio pistoleiro a quem havia contratado revelou a Gláucio a trama e ofereceu seus serviços pelo mesmo preço. À amigos, Gláucio negou que tenha aceitado a proposta. Mas o fato é que duas semanas após esse evento, “Fabinho” foi morto a tiros. Valdênio, preso pela polícia no começo das investigações sobre a morte de Décio, chegou a confessar participação na morte de “Fabinho”. Décio Sá fez as postagens porque tinha fontes ligadas ao agiota “Fabinho” que o abasteciam com informações. Um fato que a polícia investigou chamou a atenção do delegado Marcos Afonso Junior. Durante encontro num restaurante, Gláucio estava à mesa com alguns jornalistas e blogueiros quando a morte de “Fabinho” foi comentada. Foi aí que Décio Sá fez a observação que pode ter lhe custado a vida: “eu estou sabendo que foste tu quem mandou matar o Fábio Brasil”, disse ele para Gláucio. O empresário chamou o jornalista para uma conversa reservada e disse não ter sido ele quem havia mandado matar “Fabinho”. Disse que o mandante seria Junior Bolinha, vendedor de carros. Agora, Gláucio diz que foi Bolinha, que tinha ódio do jornalista, porque havia perdido uma concessão da coca-Cola em Santa Inês (MA) em razão de denúncia publica no Blog do Décio, quem agiu por conta própria para mandar matar o jornalista.

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