05 Janeiro 2011
SIP divulga vídeos sobre riscos para jornalistas na tripla fronteira
A SIP divulgou uma série de vídeos sobre o efeito da violência e os riscos enfrentados pelos jornalistas na zona conhecida como a tripla fronteira, na junção da Argentina, Brasil e Paraguai.
A SIP divulgou uma série de vídeos sobre o efeito da violência e os riscos enfrentados pelos jornalistas na zona conhecida como a tripla fronteira, na junção da Argentina, Brasil e Paraguai.
No seu canal do youTube, http://www.youtube.com/view_play_list?p=834C5B6235041C32, a SIP colocou sete vídeos com entrevistas a seis jornalistas que cobrem a tripla fronteira, os quais relataram os riscos, ameaças e dificuldades que enfrentam para fornecer informações sobre a zona de fronteira.
O medo de que algo de mal aconteça com a família é o que mais afeta o exercício da liberdade de imprensa e a autocensura, disse Juan Augusto Roa, correspondente do jornal AbcColor no departamento de Itapúa, no Paraguai.
As entrevistas foram feitas por Clarinha Glock, jornalista investigativa da Unidade de Resposta Rápida da SIP no Brasil, durante o Primeiro Encontro Internacional de Jornalistas da Tripla Fronteira, realizado no final de novembro em Ciudad del Leste, no Paraguai.
Na tripla fronteira, onde os territórios dos três países estão separados apenas por ruas e pontes, é intenso o contrabando de mercadorias e armas e o tráfico de drogas, crimes que se propagam também por causa do alto nível de corrupção e impunidade, e pela falta de justiça. Diante deste panorama, nem todos os jornalistas se animam a difundir as denúncias porque têm medo de serem vítimas de ameaças e agressões, e isso contribui para a autocensura.
Outros, como é o caso de Andrés Colmán Gutiérrez, do jornal paraguaio Última Hora, temem que se o governo não implementar medidas exemplares contra o crime organizado, a região poderá vivenciar uma situação de ataques e assassinatos semelhante à do México.