24 Novembro 2008

A SIP reclama por crime impune contra jornalista no Brasil

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MIAMI, Florida (November 25, 2008)—The Inter American Press Association (IAPA) today urged newspaper readers throughout the Americas to sign an open letter to Brazil’s President Luiz Inácio Lula da Silva calling on him to have light shed on the death of television program host José Carlos Mesquita on March 10, 1998 in Ouro Preto do Oeste, Rondônia, Brazil.
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Miami (25 de novembro) – A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) convocou os leitores dos meios de comunicação do continente a assinarem uma carta pública ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, exortando-lhe a esclarecer a morte do apresentador de televisão José Carlos Mesquita, ocorrida em 10 de março de 1998, em Ouro Preto do Oeste, Rondônia, Brasil. 

O jornalista havia denunciado o tráfico de drogas e o desvio de dinheiro destinado ao setor de saúde. Diversas irregularidades na investigação do crime contribuíram para que o caso permanecesse impune. Há um suspeito preso, mas o autor intelectual está livre.  Nos últimos 19 anos foram assassinados 344 jornalistas no continente americano e há mais de uma dezena de desaparecidos. Em 22 casos de assassinato acompanhados pela SIP no Brasil, houve 33 sentenças e atualmente 21 pessoas estão na prisão.  

A SIP recorreu à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciando diversas situações impunes de jornalistas assassinatos e/ou desaparecidos. Na semana passada, submeteu à CIDH o caso do jornalista brasileiro Reinaldo Coutinho da Silva, diretor do jornal Cachoeiras Jornal, de Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, assassinado em 29 de agosto de 1995.   

Mediante anúncios publicitários em cerca de 400 jornais do hemisfério ocidental, a SIP convida os leitores a aderirem, através da página na Internet  www.impunidad.com, à campanha “Acabemos com a impunidade nos crimes contra jornalistas”. Desde então, cerca de 12.000 assinaturas chegaram às autoridades reclamando por mais empenho nas investigações e sanções.  

A iniciativa conta com o apoio financeiro da Fundação John S. e James L. Knight.

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