16 Outubro 2012

Falta de segurança de jornalistas chamou atenção durante a reunião anual da SIP

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São Paulo (October 16, 2012). The Inter American Press Association (IAPA) drew its 68th General Assembly to a close today with its conclusions that summarize the risks and the major difficulties facing the press in the Americas. More than 500 delegates met for four days in this city to assess the status of freedom of press in the western hemisphere.
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São Paulo (16 de outubro de 2012) - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) terminou hoje a 68ª Assembleia Geral com suas conclusões que resumem os riscos e as principais dificuldades enfrentadas pela imprensa na América. Mais de 500 delegados se reuniram durante quatro dias nesta cidade para availar a situação da liberdade de imprensa no hemisfério ocidental.

Os textos integrais são apresentados a seguir:
 

CONCLUSÕES

da 68a Assembléia Geral

São Paulo, Brasil

12 a 16 de outubro de 2012

A violência contra a integridade física dos jornalistas e a crescente intolerância dos governos autoritários são os principais problemas que a imprensa independente no continente enfrenta hoje.  

Treze jornalistas foram assassinados nos últimos seis meses no México, Honduras, Brasil e Equador apenas por realizarem seu trabalho. 

E uma feroz ofensiva liderada pelos presidentes da Argentina, Equador e Venezuela tenta silenciar o jornalismo independente nos seus países mediante leis para regular o exercício do jornalismo, discriminação na concessão da publicidade oficial e imensos aparatos midiáticos estatais e privados utilizados para difamar e para promover campanhas sujas. 

Em Cuba, a política de amedrontamento se mantém, e 533 jornalistas foram detidos em setembro. No Haiti, Venezuela, Honduras e Peru registrou-se um alto nível de violência contra a imprensa e, no  México,  os principais problemas são as agressões, ameaças e atentados.

Leis de imprensa que restringem o trabalho dos jornalistas são promovidas na Bolívia, Chile, Equador, El Salvador, Peru e Uruguai. 

No Equador, a justiça é parcial e um discurso hostil do governo continua agredindo a mídia e os jornalistas, o que gera autocensura. No Brasil, a justiça continua emitindo decisões contra a mídia para impedir a circulação de informações. 

Na Argentina, a presidente continua sem conceder coletivas de imprensa e abusa das cadeias nacionais de modo não previsto na Constituição, além de manipular as estatísticas oficiais e manter um oneroso aparato de comunicação utilizado muitas vezes para atacar quem critica seu governo.  A ameaça à imprensa independente pode ter um capítulo obscuro em dezembro próximo, quando o governo pretende atacar os meios audiovisuais do Grupo Clarín desconhecendo decisões judiciais e normas legais. Esses meios são os poucos que fazem seu trabalho de forma independente do discurso do governo.

Na Nicarágua e na Venezuela, a publicidade oficial é concedida aos meios de comunicação partidários do governo e não aos de oposição, e persistem o sigilo e a falta de acesso às informações públicas.  

Os relatórios país-por-país, as resoluções e as conclusões podem ser acessados em www.sipiapa.org.

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