30 Outubro 2012

Pistoleiro é condenado pela morte de Zezinho Cazuza

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No dia 12 de março de 2003, o tratorista José Ferreira de Melo, o Zé de Adolfo, foi julgado e condenado pelo Tribunal de Júri de Aracaju, capital do Sergipe, a 19 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado. Melo foi acusado de ter disparado o tiro de escopeta que, dois anos antes, em dia 13 de março de 2000, matou o radialista José Wellington Fernandes, mais conhecido como Zezinho Cazuza, em Canindé de São Francisco, também no Sergipe. O processo que investiga os responsáveis pelo assassinato do radialista está chegando mais perto do mandante do crime.
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O ex-prefeito Genivaldo Galindo da Silva, que é acusado de envolvimento na morte de Zezinho Cazuza e estava foragido desde março de 2001, quando foi decretada sua prisão preventiva, foi preso pela Polícia Federal no final de janeiro de 2003, numa praia do Ceará. Os policiais federais tinham um mandado de prisão contra o ex-prefeito, porque ele responde também por crimes federais, como o roubo de urnas. Há pelo menos outros 30 processos contra Galindo por irregularidades administrativas. Zezinho Cazuza havia denunciado algumas dessas irregularidades em seu programa na Rádio Xingó FM, em Canindé de São Francisco, pouco tempo antes de morrer. O promotor Fábio Viegas Mendonça de Araújo, de Canindé de São Francisco, acredita que até o final do primeiro semestre de 2003 possa ser realizado o julgamento do suposto mandante pelo Tribunal do Júri. Como precaução em relação a pressões e manipulações do processo, o promotor vai pedir o desaforamento – que o julgamento de Galindo seja feito na Capital do Estado, Aracaju. Enquanto isso não acontece, o ex-prefeito permanece no presídio de São Cristóvão, a cerca de 20 minutos da Capital. O presídio, considerado de segurança máxima, foi inaugurado no final de 2002. O jovem R.L.S, o Nininho, acusado de estar dirigindo o automóvel usado pelo pistoleiro no dia do crime, foi preso no início de março de 2003 em São Paulo. Está detido em Aracaju. Como na época do crime ele era menor de idade (tinha 17 anos), não responde pelo ato criminal, mas por um ato infracional. O promotor aguarda a chegada da documentação sobre a prisão de Nininho para entrar com uma representação pelo ato infracional. Mas a tendência é que ele fique apreendido pela Justiça somente até completar 21 anos de idade.

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