Eurico Mariano é condenado a mais de 17 anos de prisão
MATO GROSSO DO SUL O ex-prefeito de Coronel Sapucaia, Eurico Mariano, foi condenado a 17 anos e nove meses de reclusão por homicídio doloso (artigo 121). Ele foi considerado o autor intelectual do assassinato do radialista Samuel Román, morto naquela cidade em 20 de abril de 2004. O julgamento, que havia sido adiado duas vezes, foi finalmente realizado no dia 10 de agosto. O advogado de defesa do ex-prefeito recorreu da sentença.
Román era apresentador do programa de rádio A voz do povo na Rádio Conquista FM, em Coronel Sapucaia, próximo à fronteira do Brasil com o Paraguai. Antes de morrer, denunciou irregularidades cometidas pelo prefeito na sua administração.
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Campo Grande News, www.campogrande.com/view.htm?id=388054
10 de agosto de 2007
O ex-prefeito de Coronel Sapucaia Eurico Mariano foi condenado a 17 anos e 9 meses de prisão por ser o mandante do assassinato do radialista Samuel Roman, executado a tiros em abril de 2004 em Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai.
A defesa do ex-prefeito apelou da decisão com pedido da anulação do julgamento, que será avaliado pelo Tribunal de Justiça. Mariano ganhou o beneficio de aguardar a decisão do recurso em liberdade, pois tem residência fixa e compareceu a todos os tramites do processo.
Segundo um dos advogados de defesa do ex-prefeito, Ricardo Trad, o recurso se baseia na anexação aos autos do processo, segundo ele, fora de prazo, de uma transcrição de uma gravação realizada pela polícia durante o inquérito policial que não havia sido anexada no inquérito quando relatado.
Ele protestou, também, contra um quesito colocado, segundo ele, de forma complexa aos jurados para a resposta na sala fechada, que poderia, segundo a defesa, ter confundido os jurados.
O julgamento, realizado nesta sexta-feira em Amambaí, durou mais de 12 horas. A sessão aconteceu com plenário lotado, no prédio do Tribunal do Júri, anexo ao Fórum da Comarca em Amambai e foi presidida pelo juiz de Direito César de Souza Lima. Os jurados acataram na íntegra a tese defendida pela acusação, ou seja, o Ministério Público Estadual.
A Gazeta News
10 de Agosto de 2007
Quando o juiz determinou a interrupção para o almoço, o julgamento ainda estava na fase inicial: além de Mariano, foi ouvido, na condição de informante, o delegado que conduziu a investigação, Luiz Ojeda, de Campo Grande. Ele não foi incluído entre as testemunhas de acusação, porque a defesa de Mariano colocou sob suspeição uma das peças consideradas chave na denúncia contra Mariano, o depoimento do co-réu Cleiton Segovia, que teria sido obtido sob tortura.
O depoimento, em que Cleiton afirma que Mariano encomendou a morte do radialista, está numa fita cuja degravação foi anexada ao processo.
A fita tem sido motivo de polêmica entre defesa e acusação e já provocou um adiamento do júri, que seria realizado no dia primeiro de junho, mas como faltava a transcrição do conteúdo da fita, que ainda estava em poder do Instituto de Perícias.
Em abril, também houve um adiamento da sessão de julgamento, a pedido do MPE (Ministério Público Estadual), para que fosse localizada uma testemunha de acusação. A data de hoje, portando, é a terceira. O advogado de Mariano, o criminalista Ricardo Trad, tentou ontem novamente que a audiência fosse desmarcada, alegando constrangimento ilegal do réu, por causa da fita já citada, argumento não aceito pelo desembargador que julgou o pedido de habeas corpus, Claudionor Abss Duarte.
Dez pessoas foram denunciadas pelo crime, a maioria cidadãos paraguaios. Dos réus, pelo menos quatro foram assassinados - três em 2005 e um este ano. Nenhum acusado foi julgado, pois o ex-prefeito é o único que não está foragido. O promotor Ricardo Rotunno, que atua no caso desde o inicio, sustenta que Mariano encomendou o crime para "calar" o radialista, que fazia denúncias contra ele.
Ele é alvo de inúmeros processos na Justiça, dois deles por tentativa de homicídio, um por lavagem de dinheiro, na Justiça Federal, na mesma ação em que é processado o traficante carioca Luis Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Também foi processado por improbridade administrativa, na época em que foi prefeito.
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Gazeta News, Colaborou Vilson Nascimento
1 de Junho de 2007
Mariano é um dos quatro acusados de envolvimento no assassinato do radialista Samuel Roman, ocorrido em abril de 2004. Ele é o único que não está foragido.
O julgamento do ex-prefeito era para ter sido realizado dia 12 de abril, mas a ausência de uma testemunha chave de acusação fez o MPE (Ministério Público Estadual) optar pelo adiamento do júri.
Crimes - Na segunda-feira (28 de maio) foi registrado o assassinato de Rosemeire Dias Lima, 22 anos. Na mesma noite a casa dela foi alvo de disparos e incendiada.
Na última terça-feira (22 de maio) o irmão de um dos acusados de envolvimento no crime foi assassinado em Coronel Sapucaia. Fernando Andrade Segóvia é irmão de Cleyton, que foi quem apontou Mariano, ainda na fase de inquérito, como mandante do crime. Clayton chegou a ser preso, mas fugiu após conseguir decisão favorável no Judiciário.
Na noite do dia seguinte a casa de José Joaquim Segóvia, 34 anos, foi alvo de disparos. José Joaquim é tio de Cleyton e Fernando.
Madrid, Espanha