02 Junho 2011
Nove anos sem Tim Lopes
Rio de Janeiro Há exatamente nove anos, o jornalista Tim Lopes, 51 anos, da Rede Globo, foi torturado e morto. No dia 2 de junho de 2002, ele fazia uma reportagem sobre a exploração sexual de meninas em um baile na Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão, um conjunto de favelas do Rio de Janeiro, quando foi descoberto pelos traficantes.
Rio de Janeiro Há exatamente nove anos, o jornalista Tim Lopes, 51 anos, da Rede Globo, foi torturado e morto. No dia 2 de junho de 2002, ele fazia uma reportagem sobre a exploração sexual de meninas em um baile na Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão, um conjunto de favelas do Rio de Janeiro, quando foi descoberto pelos traficantes.
Teve o corpo esquartejado e queimado em pneus, método conhecido omo microondas. Os acusados por este crime foram presos e condenados.
Durante o dia de hoje (2 de junho de 2011), haverá atividades culturais no Colégio Estadual Tim Lopes, localizado dentro do Complexo do Alemão. Também estão programadas oficinas de cabelereiro e manicure, atendimento de saúde e cadastramento de jovens para trabalho. Haverá ainda missas e cultos para lembrar o jornalista.
O assassinato de Lopes é considerado um divisor de águas na história da imprensa no Brasil. Provocou uma discussão nos meios de comunicação brasileiros sobre segurança em coberturas de áreas e situações de risco, e sobre a própria prática de Jornalismo. A mobilização e as discussões levaram à criação, em dezembro de 2002, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Em novembro de 2010, o Complexo do Alemão onde Lopes foi assassinado, que estava nas mãos de traficantes, foi retomado em uma grande operação policial com apoio das Forças Armadas, e foi instalada ali uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Governo do Estado.
Durante esta operação, foi recapturado Elizeu Felício de Souza, o Zeu, que havia sido condenado pelo assassinato de Lopes, mas estava foragido desde que fora beneficiado pela progressão de regime, com permissão de sair para trabalhar.
Apesar da presença da UPP na área, ainda há denúncias de que traficantes e milicianos continuam amedrontando e ameaçando moradores.