29 Agosto 2012

No México, movimento na internet pede doações para livro sobre jornalistas assassinados

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Cerca de 200 pessoas trabalham no livro “Não se mata a verdade matando jornalistas”, que tratará do assassinato e desaparecimento de 126 comunicadores e funcionários de empresas de comunicação registrados desde 2000 no México, segundo o Reporte Índigo.
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Cerca de 200 pessoas trabalham no livro “Não se mata a verdade matando jornalistas”, que tratará do assassinato e desaparecimento de 126 comunicadores e funcionários de empresas de comunicação registrados desde 2000 no México, segundo o Reporte Índigo. Até hoje, apenas um dos 67 casos de assassinato registrados no México desde 2006 foi resolvido. O livro será financiado por doações públicas por meio da internet, o chamado “crowdsourcing”, e o objetivo é dividir o número de exemplares entre os doadores e os assistentes da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, em novembro. A organização Nossa Aparente Rendição (NAR) tenta arrecadar mais de 16 mil dólares para publicar o livro - e já conseguiu quase 6,8 mil. A NAR surgiu para criar uma página em homenagem aos 72 imigrantes das Américas Central e do Sul assassinados no México e cujos corpos foram localizados em agosto de 2010 em Tamaulipas. Agora, as histórias de jornalistas mexicanos assassinados ou desaparecidos incluem fotos, matérias que publicaram antes de morrer, ameaças recebidas e as inconsistências nas investigações, explicou a editora Lolita Bosch ao El Cultural. A organização Artigo 19 se negou a participar do projeto por conta de uma desacordo em relação ao número de 126 jornalistas assassinados, segundo o site Sin Embargo. A organização registra 72 casos de jornalistas assassinatos desde 2000 nos quais as evidências parecem indicar que o crime foi cometido em represália à cobertura jornalística. Nos demais casos, há apenas suspeita de que o motivo do crime tenha sido o trabalho das vítimas.

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