Guyana

Depois da retirada arbitrária de publicidade do Stabroek News durante 17 meses, o governo da Guiana voltou a colocar anúncios no jornal em abril de 2008, sem dar nenhuma explicação. Acredita-se que a medida foi uma punição pela posição editorial do jornal sobre as falhas do governo. O Stabroek News reclamou da medida do governo em uma reunião dos ministros de finanças da Comunidade Britânica de Nações, realizada em 15 de outubro de 2007 em Georgetown. Esse protesto teve o apoio da Associação de Imprensa da Guiana. O governo controla um volume significativo de publicidade e essa é uma fonte importante de receita para os meios de comunicação privados e estatais. Qualquer suspensão súbita de publicidade pode afetar seriamente a viabilidade do meio em questão, principalmente diante da difícil situação econômica. Em 11 de abril de 2008, o governo suspendeu a licença do Canal CNS 6 por causa da divulgação de um comentário de um ouvinte que, segundo o governo, era uma ameaça ao presidente. O CNS 6 é um canal popular que tem criticado muito o governo. A suspensão, que durou quatro meses, foi vista como excessiva e como um ataque à liberdade de imprensa da emissora. O Canal reiniciou suas transmissões no final da suspensão, mas sofreu uma séria perda de receita. O governo mantém um monopólio da rádio que herdou do governo anterior, em 1992. Há uma promessa antiga de uma nova legislação para radiodifusão para regular a emissão e renovação de licenças e para monitorar os padrões de transmissão. Um porta-voz do governo disse que seriam emitidas licenças de rádio privadas, mas até agora nada foi feito. Um Comitê Consultor sobre Radiodifusão foi criado para assessorar o ministro quanto à emissão, suspensão e/ou encerramento das licenças para televisão (inclusive encerramento de transmissões não licenciadas), mas não parece que isso esteja funcionando. Um membro da oposição do parlamento apresentou um projeto de lei sobre Liberdade de Informação, que ainda não foi debatido e parece improvável que seja aprovado.