30 Outubro 2012

Irma Flaquer Azurdia

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DATA DO ASSASSINATO: 16 de outubro de 1980 (seqüestra-da e desde então desaparecida) LOCAL E CIRCUNSTÂNCIAS DO ASSASSINATO: Vários homens viajando em dois carros interceptaram o automóvel no qual viajavam Irma Flaquer e seu filho, Fernando, às 19h30 na Cidade da Guatemala. O filho foi alvejado mortalmente, morrendo logo depois no hospital, e Irma foi forçada a entrar em uma caminhonete que partiu imediatamente em alta velocidade. Ela nunca foi encontrada, viva ou morta. Acredita-se que tenha sido morta naquela mesma noite. POSSÍVEIS MOTIVOS Represália por seus artigos contra a repressão política do governo do general Romeo Lucas García, os atos de corrupção de funcionários e militares, a opressão dos índios e as violações dos direitos humanos. SUSPEITOS DO CRIME: Ninguém nunca foi formalmente acusado, processado ou condenado pela morte de Fernando Valle Flaquer e pelo desaparecimento de Irma Flaquer. Atualmente, ninguém pode ser condenado, devido a uma anistia que perdoou os crimes anteriores a 1985. Atribui-se a autoria intelectual do crime a uma conspiração entre os líderes militares, a polícia e o governo. CONSEQÜÊNCIAS VIOLENTAS Familiares de Flaquer foram anonimamente ameaçados de morte e alguns funcionários públicos foram aconselhados a esquecer o caso e a abandonar o país. IRREGULARIDADES NO PROCESSO Mesmo tendo o governo lamentado formalmente a suposta morte de Flaquer, houve poucos esforços públicos para a investigação do ocorrido. Os jornais publicavam apenas versões oficiais, por temerem represálias. Militares e funcionários advertiram o ex-marido e a nora de Flaquer que seriam assassinados se continuassem exigindo uma investigação.

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Local de nascimento: Cidade da Guatemala Idade ao falecer: 42 anos Estado civil: Casada em 1955 e divorciada em 1958 de Fernando Valle Avizpe Filhos: (nomes e idades na data do falecimento do pai) Sergio Valle, 23, e Fernando Valle, 24, assassinado no mesmo atentado no qual ela foi seqüestrada. Formação: Obteve diploma em psicologia após abandonar advocacia. Profissão/cargo: Psicóloga e jornalista. Na época de seu seqüestro, era editora assistente do jornal La Nación, e ocupava vários cargos públicos. Experiência jornalística: Trabalhou para vários jornais e estações de rádio como jornalista free lance desde 1958. Neste mesmo ano, começou a escrever sua coluna "O que os Outros Calam", para o jornal La Hora. De 1971 a 1980 escreveu esta mesma coluna para o La Nación. Enquanto trabalhava neste jornal, publicou sua própria revista. Anos de exercício do jornalismo: 22 anos Premiações: "Filha Preferida" da cidade de Granados, na Guatemala, em 1975. Outras atividades: Em 1979, fundou a primeira Comissão de Direitos Humanos da Guatemala. Foi ativista do Partido Revolucionário. Hobbies: Escrever era seu passatempo favorito. Sua perferência literária e ramos romances clássicos. Praticava exercícios aeróbicos. Escreveu um livro, As 12h15, o Sol , sobre o atentado que sofreu em 1979, e cujo prólogo era dedicado ao "Meu querido assassino".

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