26 Janeiro 2010
Nivanildo Barbosa Lima
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) investigou os assassinatos cometidos contra jornalistas no continente e chegou à conclusão de que, na maioria dos casos, houve demora no cumprimento da justiça e causada por negligência, apatia e irregularidades. Em muitas dessas situações, as investigações policiais e os procesos judiciais foram paralisados sem nenhuma explicação e impediram que se tomassem as medidas necessárias para descobrir os responsáveis pelos crimes.
Senhor Presidente,
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) investigou os assassinatos cometidos contra jornalistas no continente e chegou à conclusão de que, na maioria dos casos, houve demora no cumprimento da justiça e causada por negligência, apatia e irregularidades. Em muitas dessas situações, as investigações policiais e os procesos judiciais foram paralisados sem nenhuma explicação e impediram que se tomassem as medidas necessárias para descobrir os responsáveis pelos crimes.
A SIP está empenhada em acabar com essa impunidade, e para isso conta com o total apoio da comunidade internacional. Por isso, gostaríamos de chamar a sua atenção para o caso do jornalista brasileiro Nivanildo Barbosa Lima.
O jornalista foi encontrado morto na represa de Paulo Alfonso, no norte da Bahia, Brasil, em 22 de julho de 1995. Havia denunciado grupos de extermínio no seu jornal regional, Ponto de Encontro. As primeiras versões levavam a crer que se tratava de um suicídio. O caso foi arquivado, mas reaberto em 2002. Quase quinze anos depois, as investigações sobre o crime ainda não foram concluídas.
Gostaríamos de solicitar sua atenção, senhor Presidente, para a morte desse jornalista, crime que há quinze anos mantém-se na impunidade. Pedimos que tome as medidas necessárias para que se agilizem as investigações policiais e judiciais até que os assassinos sejam castigados. Só assim a morte desse jornalista não se transformará em apenas mais um dado nas estatísticas de assassinatos sem solução no continente.
Atenciosamente,