06 Setembro 2013

Guilherme Uchoa recua e retira ação de censura contra jornais de Pernambuco

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Com informações da repórter Bruna Serra, Do JC Online Diante da repercussão negativa causada pela decisão da Justiça de censurar jornais de Pernambuco, incluindo o Jornal do Commercio, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa, anunciou a retirada da ação junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). No último sábado, o político entrou com uma ação na justiça pedindo que o JC, o Diario de Pernambuco e a TV Clube fossem impedidos de citar seu nome e o da sua filha, Giovana Uchoa, em um suposto esquema de tráfico de influência para adoção de uma criança, do qual a filha do deputado teria participado. O caso repercutiu negativamente em todo o Brasil, com vários órgãos prestando solidariedade aos meios de comunicação censurados pela decisão do juiz Sebastião de Siqueira Sousa. Uchôa falou que o advogado entrou com a ação sem que ele soubesse e disse que a intenção era preservar sua família. O pronunciamento aconteceu no plenário da Alepe, na tarde desta quarta-feira (4). Em seu discurso, Uchoa agradeceu aos demais parlamentares por não terem comentado o caso durante as sessões. “Enfrento momento familiar difícil. Para proteger minha imagem, meu advogado, sem me consultar, entrou com a ação”, desabafou o deputado. Ele lamentou ter tido sua imagem envolvida em caso de adoção de criança, “indevidamente”. Após o anúncio do presidente da Alepe, os colegas deputados decidiram quebrar o gelo. Em aparte, Daniel Coelho (PSDB) elogiou a atitude de retirar a ação. "Democracia se faz com liberdade de imprensa”, diz o tucano. O líder do Governo, Waldemar Borges (PSB), apoiou a decisão de Uchoa. O vice-presidente da Assembleia, André Campos (PT), enalteceu a postura do colega e ainda comunicou suspensão da tramitação das PECs do voto secreto. Na decisão, o juiz plantonista do TJPE Sebastião de Siqueira Sousa acata o pedido do parlamentar baseando-se no argumento de que a inclusão de seu nome pode causar danos à imagem pública do deputado. O JC havia recorrido da decisão do juiz para que o jornal pudesse voltar a citar o nome do deputado.  

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