Miami (14 de fevereiro de 2014).- A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) manifestou sua consternação depois do assassinato de outro jornalista no Brasil, o segundo do ano, e pediu que as autoridades realizem uma investigação profunda o mais rápido possível.
Pedro Palma, de 47 anos, proprietário do jornal Panorama Regional, do município de Miguel Pereira, no estado do Rio de Janeiro, foi assassinado em 13 de fevereiro quando estava na frente de sua casa. Palma foi morto com três tiros disparados por dois homens em uma moto.
Um amigo de Palma informou ao jornal O Globo que o jornalista havia revelado ter recebido ameaças. O Panorama Regional, fundado em 15 de maio de 1994, vinha denunciando irregularidades na prefeitura de Miguel Pereira, cidade situada a mais de 100 km da capital do estado.
Esta semana, a SIP lamentou a morte de Santiago Andrade, cinegrafista da Band TV que faleceu dias depois de ser ferido na cabeça por um rojão enquanto cobria um protesto no Rio de Janeiro. De acordo com os dados da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI), 14 jornalistas foram feridos no ano passado durante a cobertura dos protestos sociais, e 3 este ano.
O presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, Claudio Paolillo, reforçou que é urgente que os governos municipais e o governo federal adotem medidas para proteger os jornalistas.
Paolillo, diretor do semanário uruguaio Búsqueda, lembrou que a SIP tem defendido a aprovação de projetos de lei e emendas à Constituição para que os crimes contra jornalistas sejam transferidos para a alçada federal, e também o uso de mecanismos que aumentem a eficácia e a transparência na administração da justiça.
A SIP é uma entidade sem fins lucrativos que se dedica à defesa e promoção da liberdade de imprensa e de expressão nas Américas. É composta por mais de 1.300 publicações do hemisfério ocidental e tem sede em Miami, Estados Unidos. Para obter mais informações, visite http://www.sipiapa.org