Fotógrafo do EXTRA é ameaçado em redes sociais

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(mexico.cnn.com)

EXTRA O fotógrafo Fabiano Rocha foi ameaçado nesta terça-feira através de mensagens postadas nas redes sociais Facebook e WhatsApp. Ele é autor da foto que mostra um policial militar do Batalhão de Operações Especiais (Bope) usando touca ninja numa ação no Complexo do Alemão. A imagem foi publicada na capa da edição de hoje do jornal Extra. Uma portaria da Secretaria de Segurança de 1995 proíbe o uso de máscaras em ações policiais no Rio. O jornalista foi o mesmo que, dias antes, mostrou a precária situação a que estavam submetidos policiais de uma das bases da Unidade de Polícia Pacificadora do Complexo do Alemão, localizada na Rua Canitar. A Secretaria de Segurança já identificou perfis nos quais foram postadas as mensagens. O secretário José Mariano Beltrame determinou que a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) analise as postagens e, a partir daí, puna os autores das mensagens com ameaças. Num grupo do Facebook chamado PMERJ havia diversas ofensas. Numa delas, chegou-se a divulgar falsas informações sobre o fotógrafo e a família dele. A Corregedoria da PM abriu uma investigação para identificar os autores das ameaças. O departamento jurídico do Grupo Globo, ao qual o EXTRA pertence, já está tomando as medidas cabíveis. Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro repudiou a exposição e ameaça à vida do fotógrafo. O sindicato lembrou ainda que o fato acontece justamente no dia 7 de abril, Dia do Jornalista. De acordo com o órgão, as ameaças e violência física provocadas por agentes do Estado correspondem a 68% dos casos registrados pelo sindicaro. "A liberdade do exercício profissional é direito inalienável e repudiamos essa forma de violência ao jornalista e ao jornalismo. Exigimos apuração e responsabilização pelas ameaças contra Fabiano, por meio de ofício à Polícia Militar, Corregedoria Geral Unificada (CGU), Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, governo do Estado, Comissão de Direitos Humanos da Alerj, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e Ministério da Justiça."

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