30 Outubro 2012
Edgar Lopes de Faria
(30 de maio de 1948 29 de outubro de 1997) Data do assassinato: 29 de outubro de 1997 Forma e local do assassinato: Edgar Lopes de Faria se dirigia à rádio FM Capital, na qual apresentava o programa "Escaramuça". Como costumava fazer todos os dias, saiu de sua casa, na rua Julio Barone, bairro San Francisco, e foi até a padaria Pão de Mel, a seis quadras da rádio. Ali comprou os jornais do dia e tomou o café da manhã. Mas nesse dia, estava atrasado. Chegou à padaria por volta das 6h20. Quando voltou para o carro, alguém o chamou. Ele se virou. O primeiro tiro o atingiu próximo à axila. O assassino foi caminhando até o jornalista e disparou mais cinco vezes com uma arma calibre 12. Havia mais um homem na esquina, com uma pistola 765, que fez dois disparos um dos tiros acertou uma revista que estava exposta dentro da padaria e, o outro, o pneu do carro de Faria. Os assassinos fugiram no automóvel Corsa branco, quatro portas e sem placa. Faria morreu no local do crime. Possíveis motivos: Denúncias sobre a participação de policiais da cidade de Dourados (MS) em grupos de extermínio, corrupção de políticos e policiais.
Local de nascimento: Presidente Bernardes, São Paulo, Brasil
Idade ao falecer: 48 anos
Estado Civil: Casado com Edeltraud Bretz de Faria, 52 anos.
Filhos (nomes e idades na data de falecimento de seu pai): Marcos Antônio Lopes de Faria, 30 anos; Anderson Renato Lopes de Faria, 27 anos; Alex Henrique Lopes de Faria, 16 anos. Tinha outro filho, Tiago, que não convive com os outros irmãos.
Estudos: 4o ano da escola primária
Profissão/Cargo: Comentarista a apresentador de televisão. Na época de sua morte, apresentava o programa "Escaramuça", de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 8 horas, na rádio FM Capital, e um programa à tarde, na TV MS, afiliada à Rede Record, chamado "Boca do Povo".
Antecedentes jornalísticos: En 1971, trabalhou como locutor da Rádio Regente Feijó, na cidade paulista de mesmo nome. Em 1974, começou a fazer reportagens para a Rádio Difusora de Presidente Prudente, em São Paulo. Em 1978, mudou-se para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e começou a trabalhar na Rádio Cultura como repórter esportivo. Alugou o espaço para ter um programa seu. Mais tarde, incorporou-se à Rádio Difusora. Alugou a rádio e permaneceu por algum tempo como gerente e comentarista esportivo. Em 1987, foi contratado pela Rádio Educação Rural, onde começou a apresentar o programa "Escaramuça", nome pelo qual passou então a ser conhecido. Mudou para a Rádio AM Capital e, em 1994, para a FM Capital, onde apresentou o mesmo programa. De 1996 até sua morte, apresentou o programa "Boca do Povo" na televisão MS, filiada à Rede Record.
Outras atividades: De 1988 até 1993 foi vereador pelo partido PMDB, época em que abandonou o rádio. Nesse cargo, conseguiu a aprovação do passe gratuito para idosos nos ônibus da capital. Passou para o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e quase filiou-se a outro partido, pelo qual pretendia se candidatar a deputado estadual. Começou a trabalhar muito cedo, como pedreiro, e dizia que iria se aposentar aos 50 anos.
Atividade social e passatempos: Era conhecido por seu bom humor e gostava muito de pescar. Quase todos os finais de semana ia pescar em Corumbá ou em Aquidauana. Era dono de uma loja de iscas. Teve uma fazenda dedicada à produção leiteira e era proprietário de um restaurante de comida típica mineira.
Prêmios: Em 1995 e 1996, recebeu o troféu Juca Ganso como melhor apresentador de programas jornalísticos concedido pela rádio FM 97. Em 1997, recebeu o troféu Ivan Paes Barbosa, "Os melhores do rádio".