R.DOMINICANA

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Neste período, não se registraram fatos ou situações que coloquem em perigo a liberdade de expressão e o exercício do jornalismo. Não obstante, tanto entre a comunidade jornalística como entre a população em geral há um sentimento de frustração por uma série de crimes sem punição de jornalistas assassinados no exercício profissional. O caso mais preocupante é o do jornalista Juan Andújar, assassinado a tiros em 14 de setembro de 2004 por bandidos ligados ao narcotráfico em Azua, uma cidade do interior. Andújar foi assassinado por sua campanha de denúncias públicas sobre como a venda de drogas estava perturbando a vida dessa comunidade, por causa da indiferença ou a conivência de autoridades policiais. O caso não foi resolvido, o principal suspeito de ser o autor material continua foragido e ainda não foi feita justiça. A imprensa tem mantido uma atitude crítica diante deste problema, exigindo que a justiça seja feita, para levar a confiança a correspondentes de províncias que podem estar atemorizados e reprimidos sem poder informar com plenitude. Outro caso de crime ainda sem punição é o do jornalista Orlando Martínez, vítima de forças repressivas que operavam no país na década de 70. Depois de anos de inacreditável inércia judicial, o caso foi reaberto nos tribunais e foi determinada uma sentença de 30 anos para os autores materiais. O processo está novamente em um ponto inicial, por causa de um parecer apoiado em tecnicismos legais sobre os direitos de defesa dos implicados. A maior queixa de familiares, amigos e jornalistas é o motivo de as pesquisas judiciais não conseguirem chegar aos autores intelectuais de um crime, que, na ocasião, foi considerado com motivações políticas para silenciar a coluna Microscópio, que era publicada no jornal El Nacional. Ouro crime sem punição é o do jornalista Gregorio García Castro, que foi assassinado também na década de 70.Garcia Castro era chefe de redação do vespertino Ultima Hora e publicava a coluna En un Tris, na qual fazia análises e denúncias sobre funcionários públicos. As autoridades tampouco conseguiram esclarecer o desaparecimento do jornalista, advogado e professor universitário Narciso González, que, por meio da revista La Muralla tinha feito críticas ao processo eleitoral dominicano de 1994.

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