13 Dezembro 2013

Agressões a jornalistas durante protestos são retrocesso, diz entidade

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Mateus Coutinho - O Estado de S. Paulo (varelanoticias.com.br/) Ao menos 70 casos de agressão deliberada a jornalistas foram registrados durante os protestos que marcaram o País.Destes episódios, 78,6% foram provocados por forças de segurança. Os dados fazem parte do levantamento feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e foram divulgados nesta quinta-feira, 12, seis meses após o estopim dos protestos, em junho. Para o presidente da entidade, Marcelo Moreira, os números mostram um retrocesso na liberdade de imprensa. "Quando impedem o jornalista de fazer o trabalho dele, estão impedindo que a sociedade tenha acesso à informação, o que configura uma realidade muito ruim para o nosso País". Ao todo, a Abraji analisou 113 casos de agressão contra profissionais da imprensa entre 11 de junho e outubro deste ano. A entidade tentou entrar em contato com todas as vítimas a partir de novembro para verificar se as agressões foram deliberadas ou não. Foram considerados deliberados os ataques realizados a despeito da identificação das vítimas como profissionais da imprensa. Em 21 casos não foi possível localizar a vítima da violação ou ela não respondeu. Um dos repórteres localizados não soube dizer se a agressão havia sido deliberada ou não. Excluindo-se esses 22 casos, o universo analisado reduziu-se a 91 agressões, das quais 70 (ou 77%) foram deliberados. As agressões incluem intimidação, violência física, tentativa de atropelamento, ataque de cães policiais, furto ou dano de equipamentos (não incluídos carros de reportagem ou sedes de empresas de comunicação) e prisão. Polícia Do total de 70 ataques deliberados, forças de segurança protagonizaram 55 episódios (o correspondente a 78,6%). Polícias Militares de diversos estados respondem por 53 ataques; a Guarda Municipal de Fortaleza participou de uma agressão e seguranças do terminal rodoviário de Niterói, de outra. Outros 15 casos de agressão deliberada foram perpetrados por manifestantes (o equivalente a 21,4%). A maioria dessas ocorrências se deu no Rio de Janeiro (5), seguido de São Paulo (3) e Belo Horizonte (2). Em três casos, os equipamentos dos profissionais foram roubados. Uma repórter foi atacada com jatos de vinagre e outro profissional ameaçado com uma arma. Dos 21 casos em que a vítima classificou o incidente como não intencional, quatro envolviam manifestantes. Policiais respondem pelas outras 17 ocorrências, principalmente por causa de tiros de balas de borracha (7 casos). Estadísticas  

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