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Detenção.

A SIP condena a detenção do jornalista em Cuba e exige sua libertação imediata

1 de julio de 2025 - 17:37

Miami (1 de julho de 2025) - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condena a detenção do jornalista independente Henry Constantín em Cuba, acusado de desacato por exercer seu trabalho informativo. A organização exige sua libertação imediata, garantias para sua integridade física e o fim de qualquer forma de assédio, censura e repressão contra aqueles que exercem o direito de informar e opinar livremente.

Constantín, diretor do meio digital La Hora de Cuba, foi preso no domingo, 29 de junho, na cidade de Camagüey. Segundo relatos do seu meio, ele está detido na unidade de Operações da Segurança do Estado, conhecida como Villa María Luisa, acusado de desacato por uma publicação feita em 15 de maio na página do La Hora de Cuba no Facebook, onde denunciou a ação de um agente de Segurança do Estado. No entanto, segundo o portal 14ymedio, podem existir outras razões por trás de sua detenção.

Há mais de sete anos, o regime cubano impôs a Constantín uma proibição de saída do país. Ele é vice-presidente regional para Cuba da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP desde 2016. Em dezembro de 2024, foi detido arbitrariamente por uma semana. Ele foi submetido em várias ocasiões a interrogatórios, vigilância, ameaças de prisão e restrições ao acesso à internet e às comunicações telefônicas. Além disso, seus colaboradores e familiares também têm sido alvo de intimidações.

"Exigimos a libertação imediata e incondicional de Henry Constantín, o fim do assédio e o respeito ao direito de informar e ser informado. Não deixaremos de denunciar a conduta repressiva de Cuba, cujo objetivo é enfraquecer e silenciar o jornalismo independente", afirmou José Roberto Dutriz, presidente da SIP e CEO de La Prensa Gráfica de El Salvador. E acrescentou: "Sua detenção constitui uma grave violação dos direitos humanos. Informar não é um crime".

Por sua vez, Martha Ramos, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP e diretora geral editorial da Organização Editorial Mexicana (OEM), destacou: "Nosso colega não está sozinho. Instamos os organismos internacionais de direitos humanos, as organizações de imprensa e os meios de comunicação em geral a rejeitar esta detenção arbitrária e a dar visibilidade ao seu caso como um exemplo dos riscos enfrentados pelos jornalistas cubanos ao exercerem sua profissão com independência". Ramos acrescentou: "Prender um jornalista pelo exercício de sua profissão viola seus direitos fundamentais e atenta contra o direito de toda a sociedade de estar informada".

A SIP é uma organização sem fins lucrativos dedicada a defender e promover a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão nas Américas. É composta por mais de 1.300 publicações no Hemisfério Ocidental e tem sede em Miami, Flórida, Estados Unidos.

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