A liberdade de imprensa foi seriamente ameaçada com o assassinato do radialista Salvador Sánchez, que foi morto a tiros quando saía de casa, na quinta-feira passada, 22 de setembro.
Até o momento, as autoridades de segurança pública continuam investigando o crime e não encontraram provas que relacionem o crime diretamente à profissão da vítima. Notícias nos meios de comunicação indicaram que a família do jornalista revelou que ele tinha recebido ameaças, mas não especificaram de quem nem de onde teriam vindo.
Há preocupação quanto ao período eleitoral, que começou antecipadamente (16 meses antes da eleição presidencial), já que os ânimos políticos geram tensão que se transfere para os meios de comunicação através de campanhas anônimas e na Internet contra os principais jornais do país.
O partido de esquerda FMLN tentou pressionar de muitas formas e em nível internacional o jornal La Prensa Gráfica, meio que fez prevalecer seu direito de publicação diante de um espaço pago desse partido político. O FMLN não só moveu ação judicial, como organizou um ataque público contra o jornal, no Congresso e em espaços do rádio e da televisão.
O Diario de Hoy denunciou no seu jornal que a cúpula do partido de esquerda havia tomado a decisão de não dar declarações.
Representantes do jornal El Mundo informaram ter recebido chamadas anônimas na sua Redação com ameaças de morte que coincidiram com a publicação de casos de corrupção ou candidaturas presidenciais.
Por outro lado, continua a política de não dar entrevistas e acesso à informação por parte do Supremo Tribunal de Justiça e, especialmente, de seu presidente, doutor Agustín García Calderón, que paradoxalmente declarou em público que mudaria sua postura durante a Conferência Hemisférica sobre Poder Judicial, Imprensa e Impunidade que a SIP realizou na República Dominicana.
Madrid, Espanha