REPÚBLICA DOMINICANA

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O panorama da liberdade de imprensa apresenta sinais preocupantes devido a crimes, abusos, atropelos e atos de intolerância com os jornalistas e os meios de comunicação. Dois jornalistas foram assassinados nos últimos seis meses, o que gerou muita inquietação na mídia. Suas mortes são parte de uma onda de violência e não há provas de que estejam relacionadas ao trabalho jornalístico; trata-se do comentarista de televisão e advogado, Domingo Disla Florentino, e do radialista e comerciante Facundo Labata Ramírez. O comentarista de televisão e advogado Domingo Disla Florentino foi assassinado a tiros em 28 de agosto quando regressava a um negócio de sua propriedade em Boca Chica, a 30 quilômetros da capital dominicana. Em 25 de setembro o jornalista de rádio e comerciante Facundo Labata Ramírez foi assassinado por desconhecidos enquanto jogava dominó em frente a uma loja de alimentos em Los Alcarrizos, a 15 quilômetros de Santo Domingo. Em início de agosto, na província de Dajabón, pessoas não identificadas espirraram gasolina e lançaram um artefato explosivo no veículo do jornalista César Montesinos, que estava estacionado em frente à sua residência. Também em agosto, o fotógrafo Orlando Ramos, do jornal Clave Digital e do semanário Clave, foi golpeado por agentes armados e detido, quando se preparava para tirar fotografias da Primeira Dama dominicana, Margarita Cedeño de Fernández, ao término de um concerto no Teatro Nacional. O jornalista Adonis Santiago Díaz, do Diario Libre, foi submetido a um interrogatório na Direção Nacional de Drogas com relação a uma informação publicada sobre o despejo de drogas na barragem de uma represa. Um fato similar, denunciado pelo Colégio Dominicano de Jornalistas, os repórteres Federico Méndez e Leoncio Comprés, do Diario Libre e Diego Pesqueira, do jornal Hoy, foram intimados a comparecer em uma audiência para explicar sobre informações publicadas nas quais se envolvem implicados em uma máfia que emitia passaportes oficiais com documentos falsos. Foi registrado um aumento na prática de intervir nos telefones e aplicar outras formas de espionagem aos jornalistas e executivos que trabalham em diferentes meios de comunicação, devido ao emprego de equipamentos de alta tecnologia por parte de grupos que gozam de impunidade e de uma ampla liberdade de ação. O assassinato do jornalista Juan Andujar, ocorrido em setembro de 2004, continua sem uma solução judicial definitiva. O principal suspeito do crime permanece na prisão, mas ainda está aguardando julgamento. Também continua sem esclarecimento a agressão a tiros sofrida em 2004 pelo comentarista de rádio e televisão Euri Cabral. As autoridades informaram sobre a morte de várias pessoas supostamente envolvidas no fato.

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