EL SALVADOR

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Nos últimos seis meses o jornalismo tem tido altos e baixos. O presidente Antonio Saca e a maioria do seu gabinete mantêm uma atitude aberta para com os meios de comunicação. Continuam dispostos a discutir temas, inclusive os mais polêmicos, mas registram-se algumas demoras na divulgação de informações e problemas de acesso a informações públicas. Os acontecimentos mais importantes são: Em 28 de agosto o jornalista Douglas Hernández, de 26 anos, do jornal La Prensa Gráfica, foi assassinado no departamento de Santa Ana. Douglas foi morto com outras três pessoas e como resultado da ação de criminosos comuns. Três pessoas foram presas em conexão com esse crime e os tribunais vão agora verificar se são culpadas ou não. Em 5 de julho, em um protesto de grupos de esquerda e supostos estudantes da Universidade Nacional, um dos manifestantes trouxe, do interior da universidade, um fuzil M-16 para atirar contra os policiais que tentavam dissipar a manifestação. O manifestante disparou e matou um dos policiais. Os jornalistas filmaram e fotografaram o incidente. As fotos e os vídeos tornaram-se provas decisivas para as investigações das autoridades. Um dos suspeitos foi preso, mas o atirador, um ex-vereador e membro ativo do partido FMLN, identificado como Mario Belloso, continua foragido. Continuam existindo sérias restrições ao acesso a informações do Supremo Tribunal. Em julho passado, um terço do Supremo Tribunal foi renovado, ou seja, cinco novos magistrados foram eleitos dos 15 que compõem o tribunal. O novo Tribunal determinou que só o presidente do Tribunal pode ser o porta-voz da instituição e que convocaria coletivas de imprensa todas as quintas-feiras. Entretanto, o presidente do Tribunal não cumpre suas funções de porta-voz e a coletiva de imprensa nunca é realizada. Os meios de comunicação protestaram e canais de televisão, rádios e jornais realizaram debates abordando esse problema, mas sem nenhum resultado.

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