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Guatemala

8 de mayo de 2013 - 20:00
A liberdade de imprensa deteriorou-se consideravelmente neste período, embora a credibilidade da liberdade de imprensa independente tenha se fortalecido, por sua postura de firmeza perante a atitude de perseguição das autoridades governamentais. O presidente Alfonso Portillo converteu-se no mais severo crítico da imprensa, tentando desacreditá-la constantemente por meio de declarações refutando sua credibilidade. Outros funcionários de alto escalão repetem o mesmo discurso, entre eles o vice-presidente Francisco Reyes, o presidente do Congresso Efraín Ríos Montt e o ministro da Justiça do país, Carlos de León. O presidente chegou ao extremo de ameaçar diretores de meios, e em resposta o diretor do elPeriódico, José Rubén Zamora, apresentou uma queixa preliminar contra ele. O Supremo Tribunal de Justiça aceitou a petição e o Congresso viu-se obrigado a nomear uma comissão para investigar o caso. Extra-oficialmente, funcionários do Ministério Público admitiram que estão sendo realizadas escutas telefônicas contra alguns jornalistas, curiosamente os mesmos que o governo tem acusado constantemente de conspiração, simplesmente porque publicam denúncias de corrupção, crime organizado e grupos de poder paralelo na administração do partido do governo, o FRG. As intimidações governamentais incluem também restrições aos repórteres que cobrem eventos públicos, além da prática, que tinha desaparecido, de fotografar os jornalistas enquanto cobrem eventos oficiais. Este método foi utilizado durante a época da repressão contra a imprensa, de 1978 a 1983, quando se registrou o maior número de assassinatos de jornalistas. Em dezembro e janeiro, o Ministério Público convocou vários jornalistas de modo intimidador para confirmar judicialmente denúncias que tinham publicado em seus jornais. Os representantes do elPeriódico negaram-se a responder à intimação para garantir a proteção de suas fontes. O governo descobriu na tributação uma forma de perseguição. Os principais jornais, sem exceção, têm sofrido auditorias por parte da Superintendência de Ação Tributária (SAT), que ultrapassou os limites de suas funções. Um caso específico é o do Nuestro Diario, o jornal de maior circulação do país, que foi alvo de perseguição por parte dos auditores. Em resposta, o jornal ingressou um recurso de amparo e o tribunal declarou-se a favor do meio. Os jornais têm aceitado as auditorias sem queixas, em respeito à lei; porém, ao mesmo tempo, rejeitam e denunciam qualquer ato que ultrapasse os limites da lei que rege a SAT. Em fevereiro, dois jornalistas, Elizabel Enríquez, da agência Cerigua, e Marielos Monzón, colunista do Prensa Libre, sofreram ataques em circunstâncias até agora não esclarecidas. Outros colunistas de diferentes meios denunciaram que têm sido ameaçados por telefone. Apesar da campanha para desacreditar os meios, o nível de credibilidade é alto e a circulação tem aumentado.

FUENTE: nota.texto7

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