Haiti

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HAITI Relatório para a Reunião de Meio de Ano Caracas, Venezuela 28 a 30 de março de 2008 A situação da liberdade de imprensa melhorou sensivelmente, o que foi observado em um relatório publicado em 15 de janeiro pela OEA (Organização dos Estados Americanos). O relatório afirmou que “o clima político e de segurança geral no Haiti mostrou sinais de melhora no período de julho a dezembro de 2007. Apesar das dificuldades existentes, o clima de polarização política parece ter melhorado, e diminuíram os casos de seqüestro e de violência das gangues, ainda que exista preocupação”. O mesmo foi afirmado pela porta-voz do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Michel Montás, viúva do jornalista Jean Leopold Aristide, assassinado no Haiti em 2000. Segundo Montás, nos dois últimos anos observou-se um aumento da liberdade de expressão e da segurança, condição indispensável “para que os jornalistas possam exercer livremente sua profissão”. Os fatos que merecem destaque nesse período são: Em outubro passado, o jornalista Joseph Guyler Delva abandonou o país por causa de ameaças de morte. Delva, jornalista da Radio Mélodie FM e correspondente da BBC e da Reuters, entre outros meios internacionais, é também diretor da S.O.S, organização haitiana de imprensa, e diretor da Comissão Independente de Apoio às Investigações dos Assassinatos de Jornalistas (CIAPEAJ), criada em 10 de agosto de 2007. Delva regressou ao país depois que o presidente do Haiti, René Préval, lhe garantiu que tomaria medidas para sua proteção. Durante esse período, não foram registrados assassinatos, e sim progressos na luta contra a impunidade. Em 12 de dezembro de 2007, foram condenados a prisão perpétua Joubert Saint-Juste e Jean-Rémy Démosthène em conexão com o assassinato, em 2000, do jornalista Brignol Lindor, da Radio Echo. Em 23 de janeiro de 2008, o tribunal penal de Petit-Goâve condenou em ausência outras sete pessoas por esse assassinato. Os foragidos condenados são Maxi Zéphyr; Bernard Désamour; Tiresias, conhecido como Téré; Fritznel Duvergé; Mackenzi; Belony Colin e Fritznel Doudoute, conhecido como Lionel ou Nènèl, identificados como membros do grupo armado Dmi nan Bwa (Dormir no bosque), vinculado ao ex-presidente Jean-Bertrand Aristide. Bernard Joseph, suspeito de participar do assassinato de Alix Joseph, diretor administrativo e apresentador da Radio-Telé, em Gonaïves, ocorrido em 16 de maio de 2007, foi preso em 20 de novembro de 2007. Outro suposto assassino está na prisão desde julho de 2007.

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