Guatemala

Aa
$.-
,A situação da liberdade de expressão não mostra melhoras com o clima de violência geral contra os jornalistas e a capa de impunidade que o rodeia, especialmente quanto se repete consistentemente em organismos estatais o estribilho ao jornalista: “ou paga ou apanha”. Neste período dois jornalistas foram assassinados: Marco Antonio Estrada Orla, correspondente do Telediario de Canal 3 em Chiquimula, fato ocorrido em 5 de junho de 2009, e Rolando Santis, do Telecentro 13 na cidade de Guatemala, assassinado em 1° de abril de 2009. Os casos continuam sendo investigados pelas autoridades governamentais, mas estão ligados a temas e circunstâncias que espreitam como parte do crime organizado e se infiltram nos sistemas de segurança e justiça do país. Estrada trabalhava na região leste do país, onde os cartéis da droga operam impunemente, e Santis tinha concluído uma reportagem, incluindo entrevistas com alguns chefes de grupos que atuam na cidade de Guatemala. Eles foram assassinados durante o trabalho, mas são muitos os comunicadores que continuam sendo cerceados por estas e outras forças do crime organizado, e assim se vêem forçados a aumentar suas medidas de proteção. Sobre o sequestro relâmpago que sofreu José Rubén Zamora, presidente do Periódico, em 7 de outubro, um de seus sequestradores foi condenado a 14 anos e outro a oito, pelo delito de roubo grave, detenção ilegal e lesões leves. Em outro fato relevante, por causa das declarações feitas por Rodrigo Rosenberg, em um vídeo póstumo, onde acusou o presidente Alvaro Colom e alguns de seus funcionários de que seriam responsáveis pela morte, se algo lhe sucedesse, uma pessoa foi acusada de causar pânico por meio da rede social twitter. Por seu comentário na rede social twitter, Jean Anleu Fernández, onde escreveu que a "primeira ação real: sacar o dinheiro do Banrural, quebrar o banco dos corruptos" – fazendo referência às mesmas declarações do advogado Rosenberg em que ligava esse banco aos assassinatos de Khalid Mussa e sua filha Marjorie – foi acusado de causar pânico financeiro, sendo detido em 14 de maio. Designaram uma fiança de 50.000 quetzales e um ano de prisão domiciliar. Um juiz, porém, determinou que o caso fosse temporariamente arquivado em 10 de julho. Outro caso, ligado a esse tema, foi o de Marta Yolanda Díaz-Durán, colunista do Siglo XXI, que acusou o vice-presidente Rafael Espada de ter se reunido com Rosenberg uns dias antes de sua morte, que desmentiu categoricamente o funcionário.

Compartilhar

0