Haiti

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A liberdade de imprensa mostrou uma leve melhora neste período, registrando-se menos atos de violência que em épocas anteriores, mesmo que várias emissoras, principal meio de comunicação no país ao qual têm acesso cerca de 92% da população, viram-se afetadas por agressões e medidas policiais. Abaixo, os fatos mais relevantes do semestre: Em 30 de março, o ministério de Justica anunciou que o juiz Fritzner Fils-Aimé, encarregado da investigação pelo assassinato de Jean Leopold Dominique em abril de 2000, foi suspenso por “sérios atos de corrupção”. Fils-Aimé era o sexto juiz designado para o caso desde 2006. Até a data somente um suspeito foi preso, Mercidieu Toussaint. O crime continua impune. Em 11 de abril, o Ministro de Justiça, Jean-Joseph Exume, interveio para facilitar a remoção das faixas colocadas dias antes pelo Comissário Governamental da Polícia Administrativa da cidade de Port-de-Paix, Jean Frederic Beneche, na entrada da sala de redação da estação privada de rádio Ideale FM. A estação tinha sido fechada “por obstrução da justiça”, porque a rádio não permitiu que sejam conhecidas as fontes de informação sobre o caso de Alain Desir, um suposto traficante de drogas haitiano preso na Flórida. O ministro de Justiça convocou o secretário-geral da Jornalistas SOS, Joseph Guyler C. Delva e também Jean Frederic Beneche, para explicar a eles que considerava intolerável tal ato de censura por parte de um funcionário público. Em 12 de maio, o jornalista Gerald Guillaume, correspondente da rádio Melodie em Jeremie, foi atacado por dois agentes policiais no escritório do Comissário Governamental da Polícia Administrativa da cidade. Em 16 de junho, a organização para a defesa da liberdade de imprensa, Jornalistas SOS, denunciou uma campanha de difamação e intimidação contra a jornalista Liliane Pierre-Paul da rádio Kiskeya, orquestrada por políticos e militantes de Lavalas, que acusaram a jornalista de induzir as pessoas a atacar o padre Gerard Jean-Juste, já falecido, além de participar no “golpe” ocurrido durante o funeral do jornalista Jacques Roche, na igreja de Saint Pierre em Petion-Ville em julho de 2005. Em 10 de julho, ocorreu um ataque armado contra a residência de Sainlus Augustin, correspondente da rádio Kiskeya e da La Voz de las Américas em Hinche, departamento de Centro. Segundo o jornalista, as ameaças vieram de Wilot Joseph, deputado e candidato ao Senado, com o propósito de calá-lo depois de ter denunciado sérias irregularidades nas eleições. O jornalista foi atacado pela primeira vez no último 19 de abril pelos seguidores de um deputado, e refugiou-se em Puerto Príncipe.

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