HAITI
Com o início de um novo governo no Haiti, em 17 de fevereiro passado, foram suavizadas as pressões exercidas sobre a imprensa nesse país nos últimos tempos. Mas ainda não podemos afirmar que exista um ambiente ideal para o livre exercício da profissão, especialmente se considerarmos o assassinato de mais um jornalista nesse período.
Continuam as pressões políticas sobre os jornalistas e comentaristas, muitos dos quais se autocensuram para evitar repressões do governo e/ou políticos, assim como suas agressões diretas.
O novo presidente, Jean-Bertrand Aristide, disse que respeita a liberdade de expressão, mas comentaristas e analistas atribuem a seus seguidores, reunidos no grupo Lavalas, ameaças e pressões para que não critiquem as ações dessa organização e do novo governo.
Continuam, também, as sérias restrições de acesso às fontes oficiais de informação.
Deve-se destacar que o jornalista esportivo Gerard Denoze foi assassinado em 15 de dezembro quando chegava em casa depois de terminar o programa diário que apresentava na Radio Plus. Familiares e amigos de Denoze disseram que ele havia recebido ameaças de morte por telefone.
A esse crime soma-se o ocorrido em abril do ano passado. O assassinato do jornalista e analista politico Jean Leopold Dominique, diretor da Radio Haití Inter, continua sem punição e a investigação está repleta de irregularidades.
Madrid, Espanha