Equador

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EQUADOR O poder político exerceu pressão sobre os meios. Durante os últimos meses do regime de Durán Ballén, o ex-presidente queixou-se de maneira reiterada e dura pelas revelações sobre obras públicas, cuj a execução beneficiou seus partidários. Por outro lado, o governo de Abdalá Bucaram, que assumiu em 10 de agosto, começou com um tratamento desconsiderado à imprensa. Os cronistas foram afastados durante um período do Palácio do Governo e subsistem dificuldades para acessar personagens públicas. As revelações do diário Hay sobre a construção de um aeroporto na cidade de Bahía, em condições que aumentaram em grande escala o valor de terras pertencentes a altos funcionários do governo anterior de Durán Ballén, provocaram acusações oficiais de sensacionalismo e superficialidade. Durante a administração de Bucaram, o secretário de imprensa da Presidência da República, Fernando Artieda, pretendeu desalojar os jornalistas dos espaços habitualmente ocupados no Palácio do Governo. Esta disposição, feita aos dois dias de iniciado o governo de Bucaram, foi logo retificada. Em geral, os cronistas têm mais dificuldade para chegar ao presidente e ao nível mais alto do governo do que em administrações anteriores. Em várias ocasiões, altos funcionários do regime não compareceram a programas jornalísticos ao vivo, depois de terem se comprometido em aparecer, o que foi considerado como uma pressão sutil a jornalistas que fazem perguntas ou comentários que não são do agrado oficial. O marco legal que rege a atividade jornalística não mudou. Subsiste o direito à réplica e a colegiacão obrigatória. Entretanto, a falta de regulamentação, no primeiro caso, e um resquício legal, no segundo, serviram para conservar intata a liberdade de imprensa, com respeito a estas matérias.

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