Porto Rico

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Predominou um clima de liberdade de imprensa neste período. Entretanto, isto foi ameaçado várias vezes por uma série de incidentes, com a geração de agressões e tentativas de agressões policiais contra jornalistas que cobrem um prolongado conflito estudantil na Universidade estatal de Porto Rico. Estes abusos ocorreram em momentos em que o governo tentava delimitar “espaços para a liberdade de expressão” nos prédios da universidade e outros locais públicos, como denunciaram o Centro para Liberdade de Imprensa, as agremiações jornalísticas e a Comissão de Direitos. Fatos mais destacados: Em 22 de dezembro, a Associação de Fotojornalistas denunciou uma agressão ao fotógrafo da Telenoticias (Canal 2), David Solís, por um policial que quebrou parte da sua câmera quando o fotojornalista começou a gravar uma cena em que vários agentes prendiam um dos estudantes em greve, aplicando técnicas questionáveis em termos de direitos civis. Em 28 de janeiro, a organização sem fins lucrativos Prensa Comunitaria condenou a prisão injustificada de um correspondente da Radio Huelga (Rádio da Greve) e as agressões a outros jornalistas, ocorridas durante a cobertura de eventos de desobediência civil na mesma universidade. Carla Minet, diretora da Prensa Comunitaria, denunciou que foi “um dos atos mais dramáticos de padrão de agressões físicas e verbais contra membros da imprensa por parte da Polícia, especialmente pela Unidade de Operações Táticas que batem em nossos colegas, quebram e apreendem equipamentos e não permitem a divulgação de informações”. Em 1º de fevereiro, a Associação de Fotojornalistas apresentou ao secretário de Justiça uma queixa de agressão policial contra o fotojornalista Ricardo Alcaraz, durante a sua cobertura da greve universitária. Em 25 de fevereiro, o Supremo Tribunal de Porto Rico negou provimento a uma ação judicial apresentada em julho de 2010 por organizações jornalísticas contra o presidente do Senado, por desalojar arbitrariamente jornalistas e fotógrafos do plenário. O acesso do público e jornalistas está garantido pela Constituição de Porto Rico, motivo pelo qual a decisão do Tribunal de não atender ao pedido de inconstitucionalidade desta conduta deixa a critério do funcionário eleito a opção de continuar restringindo o acesso ao recinto e o trabalho dos jornalistas.

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