Neste período, não houve fatos relevantes contra o clima de respeito à liberdade de imprensa e expressão.
Ocorreram alguns incidentes que causam preocupação, pela sua interferência no acesso dos jornalistas às informações de interesse público.
Quanto ao acesso às informações de interesse público, o governo praticou uma obstrução seletiva contra a mídia e jornalistas, cuja missão de fiscalização não agrada os funcionários mais importantes da administração governamental.
Este padrão de obstrução se aplica especialmente contra os diários El Nuevo Día e Primera Hora. No caso de El Nuevo Día, os dirigentes dos órgãos públicos vão desde a negativa de concessão de entrevistas até a obstrução da entrega de documentos públicos que lhes são solicitados. Isto obrigou a mídia a tomar as providências legais e perante os tribunais, necessárias para o reconhecimento do direito de acesso às informações.
Estas medidas contra a mídia ficaram evidentes, entre outras, nos casos da educação e saúde, áreas em que as minuciosas investigações dos repórteres revelaram sérios desvios nos serviços aos carentes de atendimento médico. Além disso, expuseram crises repetidas no aproveitamento acadêmico e no funcionamento das escolas públicas, bem como nos programas de educação pública especial para cerca de 130.000 crianças e jovens com algum tipo de deficiência física ou mental no país.
O ex-superintendente da polícia de Porto Rico, José Figueroa Sancha, difamou o repórter Ricardo Cortés Chico, do periódico El Nuevo Día, acusando-o de ter uma agenda política por trás do seu trabalho de investigação, publicado em 2 e 3 de maio deste ano, no qual se expôs um esquema de manipulação das estatísticas policiais para gerar uma falsa impressão de diminuição da atividade criminal na ilha.
Esta agressão descontrolada do antigo chefe de polícia foi denunciada pela mídia e associações de imprensa como uma tentativa de intimidar, amordaçar ou instituir uma censura prévia entre jornalistas.
Madrid, Espanha