Ataques isolados contra membros da imprensa por seguranças privados e públicos continuam sendo a violação mais comum contra a liberdade de imprensa. Porém, esses ataques ocorrem com pouca frequência e, quando acontecem, são logo denunciados na mídia.
Nos últimos seis meses, houve apenas uma agressão física contra um jornalista por um segurança particular. Em 28 de dezembro de 2011, um segurança contratado pela empresa particular Protección Vital, atacou Ariel Chaves, jornalista do Diario Extra. Chaves cobria um evento público de comemoração das festas de fim de ano. O segurança foi abusivo, verbal e fisicamente, segurou Chaves pelo pescoço e o arrastou por 15 metros. Depois do incidente, a empresa se recusou a divulgar o nome do segurança ao Diario Extra.
Um projeto de lei para liberdade de imprensa e de expressão foi adiado indefinidamente na Assembleia Legislativa. Desde que assumiu o poder, em 2010, a presidente Laura Chinchilla não fez qualquer esforço para que a discussão do projeto de lei fosse uma prioridade, apesar de ter contribuído para sua redação. O projeto de lei foi apresentado na Assembleia em 2010.
A Constituição garante a liberdade de imprensa, mas as leis para difamação expõem os jornalistas a possíveis acusações criminais por difamação ou calúnia. O Congresso arquivou um projeto de lei que expandiria o direito de resposta nos jornais para incluir o direito de resposta a opiniões, e não só a notícias.
Em termos de acesso a informações públicas, o panorama para transparência não sofreu nenhuma mudança significativa e, como sempre, é bem mais fácil para os jornalistas pedirem informações oficiais do que para o resto da população.
Os recursos investigativos da mídia noticiosa estão melhorando. No início de abril, uma investigação do jornal La Nación revelou que Fernando Herrero, ministro das Finanças, e sua mulher haviam durante anos registrado um valor inferior das suas duas casas para pagar menos impostos do que o exigido por lei. A notícia foi divulgada num momento em que Chinchilla e membros do seu gabinete faziam lobby para uma reforma tributária que exigiria que os cidadãos pagassem mais impostos. A investigação provocou o afastamento de Herrero e de Francisco Villalobos, diretor Receita Federal, que havia pago menos $3.000 em impostos, de acordo com a investigação.
Madrid, Espanha