A abertura dos tribunais de justiça ao trabalho jornalístico significou um claro avanço para a liberdade de imprensa.
Desde 1o de julho e pela primeira vez em 56 anos, foram permitidas câmeras fotográficas e de vídeo nas salas de ações civis 904 e 907 do Tribunal de Primeira Instância de San Juan. Como um projeto piloto, no entanto, só será permitida uma câmera de televisão e duas fotográficas em cada sala. A resolução do Tribunal Supremo de Porto Rico esclarece que este projeto piloto será avaliado ao final de um ano, visando estender o acesso às salas de ações criminais.
Esta mudança decorreu da reclamação feita há décadas pela Associação de Fotojornalistas de Porto Rico para que modifique a cláusula 15 de Ética Judicial, que proibia o uso de câmeras fotográficas e de vídeo em todos os tribunais. Essa regulamentação foi aditada em abril.
Os fotojornalistas, em conjunto com a Associação de Jornalistas de Porto Rico, o Overseas Press Club e o Centro para Liberdade de Imprensa em Porto Rico, reagiram com satisfação a esta determinação, mas advertiram que continuarão reclamando para que recebam maiores garantias e que os acessos sejam permanentes nos tribunais de ações civis e criminais.
O diário El Vocero, em meio a uma crise financeira, foi obrigado a recorrer ao amparo da Lei de Falências. Embora com operação já reduzida, o seu eventual fechamento implicaria em um prejuízo para a liberdade de expressão, além de perdas para dezenas de editores, repórteres, desenhistas e trabalhadores de produção.
Madrid, Espanha