Prevalece um clima positivo de liberdade de imprensa e de expressão, embora existam práticas governamentais que afetam o direito dos jornalistas à privacidade e proteção de suas fontes.
Em uma decisão adotada este ano que fixa a jurisprudência, e reivindicada pelo trabalho jornalístico, o Supremo Tribunal estabeleceu que a ordem judicial de um procurador geral para obter informações do celular de um repórter de televisão violou o seu direito constitucional à privacidade. O caso remonta a 2003, quando Carlos Weber, repórter de Las Noticias, da Univisión, canal 11, soube que o Bureau de Investigações Especiais (NIE, em espanhol), do Departamento de Justiça, havia solicitado à empresa Cingular os registros de seu telefone celular, sem o seu conhecimento nem autorização. Um agente alertou Weber de que haveria uma operação contra o crime organizado e o NIE estava investigando o vazamento de informações, o que significa um rastreamento da identidade da fonte. Weber processou o Estado, alegando que houve violação de seus direitos à privacidade. O Tribunal, por maioria, entendeu que o Estado havia se excedido e que houve violação da expectativa razoável de privacidade do jornalista.
O juiz Gustavo Gelpí, do Tribunal Federal de San Juan, emitiu uma ordem para estabelecer as regras e condições a ser adotadas nas entrevistas que os jornalistas fariam ao monitor Arnaldo Claudio, responsável pela supervisão do processo de reforma da polícia de Porto Rico, ordenada com base em indicações de um padrão de violações dos direitos civis praticadas pelos agentes. O problema da ordem judicial, com prazo de 30 dias, era que exigia que os jornalistas apresentassem as suas perguntas sobre o processo com antecedência e sem "sensacionalismo nem conteúdo político". Este fato gerou críticas de organizações de imprensa (como o Centro para a Liberdade de Imprensa) e da Ordem dos Advogados.
A Associação de Jornalistas de Porto Rico e o Overseas Press Club condenaram agressões sofridas por jornalistas e fotojornalistas que cobriam em junho os protestos dos sindicatos da Autoridade de Energia Elétrica (AEE) e da Autoridade de Adutoras e Esgotos (AAA), em frente à Assembleia Legislativa. Os agredidos foram os repórteres Francisco Rodríguez Burns, da GFR Media; Charito Fraticelli e Luis Guardiola, da Telemundo, canal 2 e Dennis Bello Rivera, cinegrafista da Univisión, canal 11.
Madrid, Espanha