Este período foi marcado pelas eleições nacionais em 27 de outubro e pelo papel da divulgação de notícias falsas visando afetar o processo.
Como resultado, a mídia anunciou em 22 de julho o lançamento de Verificado.uy, um grupo com mais de 70 meios de comunicação, agências de notícias e órgãos como a Organização da Imprensa no Interior (OPI), a Associação de Imprensa Uruguaia (APU), o Centro de Arquivos e Acesso à Informação Pública (CAINFO), a Universidade da República, a Universidade de Montevidéu, a Universidade Católica do Uruguai e a Universidade ORT, a fim de combater as notícias falsas na campanha eleitoral.
Recebendo financiamento de grandes organizações internacionais, como o Google News Lab, Facebook, First Draft e Fundación Avina, com base em Verficado.uy organizou-se uma redação de jornalistas treinados para trabalhar no rastreamento e verificação de boatos em plataformas digitais e com base na análise dos discursos políticos. O grupo assumiu a responsabilidade de redigir os resultados destas verificações e dos meios usados para sua multiplicação. No final de setembro, já havia 16 casos estudados.
O governo insiste no uso das redes de rádio e televisão, tendo trocado o seu nome, mas não o seu conteúdo político. Passou a chamá-las de "emissoras oficiais de transmissão simultânea" e, de acordo com a Lei de Imprensa, obriga as estações de rádio e televisão a transmitir gratuitamente até 15 minutos diários de suas "campanhas de interesse público". Isso ocorre no horário nobre, com um perfil político-eleitoral acentuado e está sendo usado nos momentos em que os partidos políticos estão impedidos de fazer propaganda eleitoral. A lei só permite propaganda 30 dias antes das eleições.
O processo eleitoral gerou uma mudança significativa na Frente Ampla em relação ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela. Embora o governo não tenha mudado a sua posição de simples espectador dos excessos totalitários, o candidato Daniel Martínez e outros líderes reconheceram a instalação de uma ditadura na Venezuela, o que lhe rendeu críticas de alguns dos partidos que compõem a Frente Ampla.
Em 13 de agosto, a página institucional da Presidência publicou uma reportagem do Ministro da Economia, Danilo Astori, em que qualifica como irresponsáveis as considerações sobre a economia do candidato presidencial do Partido Nacional, Luís Lacalle Pou. Ele questionou o "abuso institucional" do governo por utilizar um órgão do Estado para fazer propaganda eleitoral.
