Os jornalistas continuam realizando seu trabalho em um clima generalizado de agressões, tanto de agentes armados do governo quanto de grupos de oposição que há mais de um ano protestam nas ruas contra a corrupção.
O governo do presidente Jovenel Moisse está sendo violentamente desafiado por grupos de oposição que exigem sua renúncia. A falta de segurança dos cidadãos obrigou a imprensa a trabalhar em condições de falta de garantias e de extremo perigo.
Nesse contexto de instabilidade permanente, vários jornalistas enfrentam problemas para fazer a cobertura dos protestos. O jornalista Rospide Petion, da Radio San Fin foi assassinado em um desses protestos, e outros nove jornalistas de diferentes meios de comunicação sofreram ferimentos de bala em 2019.
Este ano, multidões tentaram incendiar a sede da Radio Television Caraibes, em Porto Príncipe, o que obrigou a rádio a suspender temporariamente suas transmissões.
A comunidade dos jornalistas independentes haitianos continua pedindo às autoridades que elucidem o assassinato, ocorrido há dois anos, do jornalista gráfico Vladimir Legagneur, que faleceu durante outra série de protestos nas ruas da capital.