A situação da liberdade de imprensa se deteriorou e o governo aprovou, no início de abril, uma moção para criar uma lei de imprensa que tem como objetivo regular o jornalismo.
Três ministros do gabinete de Wever-Croes II não respondem às perguntas dos jornalistas do portal de notícias 24ora.com e do jornal on-line Trempan. Glenbert Croes, ministro do Trabalho e Integração; Rocco Tjon, ministro da Justiça e Assuntos Sociais, e Endy Croes, ministro da Educação e do Esporte, disseram que esses meios de comunicação não gozam de credibilidade nem têm profissionalismo.
Em março, Rocco Tjon afirmou, em duas coletivas de imprensa, que não responderia a nenhuma pergunta do 24ora.com e dos jornalistas do Trempan até que eles praticassem um jornalismo de verdade. O ministro Glenbert Croes anunciou que está se unindo a um protesto de ministros para boicotar o 24ora.com. A ministra de Finanças e Cultura, Xiomara Maduro, também se recusa a dar entrevistas ao 24ora.com.
A assessoria de imprensa de Wever-Croes II não emite nenhum comunicado de imprensa para ao 24ora.com desde o início de fevereiro e o exclui de algumas coletivas de imprensa dos ministros que fazem parte dos protestos contra a mídia. O Movimento Eleitoral Popular (MPE) também não emitiu nenhum comunicado de imprensa para o 24ora.com desde o início de fevereiro.
Por sua vez, a primeira-ministra Evelyn Wever-Croes afirmou, durante audiência pública no Parlamento, em início de fevereiro, que não confia no 24ora.com porque os editores querem fazer o governo e os parlamentares parecerem ruins. Ela gritou no Parlamento que "24ora.com é o meio menos confiável, e que não tem ética".
No final de 2021, o ministro das Comunicações, Geoffrey Wever, enviou uma carta ao 24ora.com anunciando que vai introduzir uma lei de mídia para garantir boas reportagens e um jornalismo ético.
O DTZ, órgão regulador das telecomunicações, emite constantemente comunicados relativos ao conteúdo da rádio FM Bo Guia.
Em 5 de abril, em uma audiência pública sobre o orçamento do governo para 2022, o Parlamento aprovou uma moção para acelerar a introdução da lei de mídia por 11 votos (Coalizão dos MPEs e Raiz) a 10 (Oposição AVP, MAS e Acción21). A lei pretende incluir um conselho de jornalistas que, segundo a coalizão, seria independente do governo e estaria a cargo dos jornalistas, e seu objetivo seria escrutinar o trabalho dos profissionais da mídia.