Um decreto executivo de 21 de janeiro convocando uma licitação para a contratação de serviços de monitoramento da mídia e relacionamento estratégico com a imprensa foi motivo de preocupação neste período. A iniciativa da presidência prevê que a empresa encarregada da tarefa "deverá estabelecer o alcance, a data, os temas consultados, os porta-vozes, os meios em que foram publicadas, o valor na agenda midiática e o tom em que as notícias foram publicadas". Deverá também elaborar "relatórios quantitativos e qualitativos sobre a atividade dos meios de comunicação".
A mídia e alguns políticos reagiram por considerarem que um mecanismo de monitoramento poderia representar um mecanismo de controle dos jornalistas e dos meios de comunicação, o que afetaria o trabalho dos jornalistas.
A presidência esclareceu que não se trata de "avaliação nenhuma" do trabalho jornalístico e deu seguimento à licitação.
Em 22 de fevereiro, o presidente Tabaré Vázquez, em meio a uma mobilização do setor agropecuário e diante de jornalistas, teve uma séria discussão com um colono que o chamou de "mentiroso". Vinte e quatro horas depois do incidente, o website da presidência publicou um perfil do colono, com dados do Instituto Nacional de Colonização, mostrando que ele tinha dívidas. A medida foi uma surpresa em um país no qual é proibido divulgar o nome de um réu primário para não estigmatizar as pessoas.
O texto da postagem diz o seguinte: "O integrante da Mesa de Colonos que acusou de mentiroso o presidente Tabaré Vázquez é o senhor Gabriel Arrieta, que ocupa terras do Instituto Nacional de Colonização (INC) em Kiyú, San José. Ele não paga suas dívidas com o INC desde 2008, nunca pagou pelo uso da terra do governo. Ele foi denunciado por produtores. Um processo de entrega da terra foi iniciado em 2013 e encontra-se agora em tramitação correspondente".
Em 4 de abril, a Presidência da República finalmente retirou o perfil do colono de sua página.
Em 10 de janeiro, o presidente Vázquez nomeou Ernesto Kremeirman como novo diretor da Televisão Nacional do Uruguai (TNU) apesar de em dezembro a Coalizão por uma Comunicação Democrática, que reúne mais de 30 organizações civis, ter considerado que a nomeação era ilegal. O novo diretor é proprietário de uma rádio e, de acordo com a Lei da Mídia, os diretores de serviços públicos de comunicação não podem ter vínculos com empresas ligadas às rádios e à televisão.