O acesso a informações públicas, o acesso do público e da imprensa a processos judiciais, e questões relacionadas ao direito ao esquecimento foram os problemas que afetaram a liberdade de imprensa neste período.
Não existe lei de transparência ou para o fornecimento de informações públicas. Os direitos de acesso a informações públicas foram estabelecidos pelo Supremo Tribunal com algumas ambivalências ou restrições. Sob a pressão de vários grupos, o governador Ricardo Rosselló Nevares apresentou um projeto de lei de transparência aplicável a todos os ramos do governo e que teve o apoio da imprensa e de associações de jornalistas. A iniciativa foi aprovada pela Câmara de Deputados, mas não foi examinada pelo Senado. O Senado apresentou seu próprio projeto de lei de "dados abertos" que tem vários problemas e aplica-se somente ao Poder Executivo. A Câmara, após emendas significativas, aprovou o projeto do Senado, mas logo o retirou, subitamente.
Quatro casos se destacaram neste período.
O Supremo Tribunal emitiu decisão sobre o caso Bhatia Gautier v. Rosselló Nevares. Tratava-se de uma ação movida por um senador de minoria contra o governador pedindo informações ao governo sobre o Plano Fiscal que deve ser apresentado ao Conselho de Administração e Gestão Financeira. O tribunal decidiu contra o senador e favoreceu o governo que alegava "privilégio executivo" ou que se tratava de "informação oficial". Com esse privilégio, o governo pode reivindicar a confidencialidade das comunicações entre o governador e seus assessores.
Em outro caso, o Centro de Jornalismo Investigativo (Centro de Periodismo Investigativo - CPI) moveu ação contra o Conselho de Administração e Gestão Financeira solicitando a entrega de documentos e informações. O Conselho alegou que era um órgão federal e que não estava sujeito às leis de Porto Rico e se recusou a entregar os documentos. O Tribunal do Distrito Federal concluiu que o Conselho não tinha imunidade para pedidos como o do CIP e estava sujeito ao direito de acesso a informações públicas locais.
A organização sem fins lucrativos "Espacios Abiertos" moveu ação em 23 de julho contra o diretor da Autoridade para as Parcerias Públicas e Privadas, ligada ao Gabinete Central de Recuperação e Reconstrução, para que entregasse uma versão em espanhol das propostas de recuperação da ilha após a passagem dos furacões Irma e Maria. O governo concordou em traduzir o documento para o espanhol.
Em fevereiro, o CPI moveu ação contra a diretora do Registro de Estatísticas Vitais por ela ter se negado a fornecer informações públicas sobre as mortes resultantes do furacão Maria. A ONG pediu certidões de óbito, autorizações de sepultamento e cremação emitidos a partir de 18 de setembro de 2017 até a data mais recente. Em junho, um tribunal emitiu decisão a favor do CPI e da CNN en Español, rede internacional de notícias, que era outra autora da ação, e ordenou que o governo fornecesse as informações solicitadas.
Em relação ao direito ao esquecimento, os tribunais não se expressaram de maneira definitiva quanto à sua procedência, mas o grupo GFR Media continua recebendo vários pedidos de pessoas que reivindicam seu direito.
Não existe um direito geral permanente para a imprensa transmitir julgamentos em andamento pela televisão, rádio ou internet. O Programa Experimental para Uso de Câmaras Fotográficas e de Equipamentos Audiovisuais para Difusão pela Mídia (PECAM, sigla em espanhol) continua em vigor e permite que um juiz decida em que caso a cobertura digital e imediata de um julgamento será permitida.