Barbados
No Segundo semestre de 2012, o primeiro-ministro e membros do Partido Democrático Trabalhista recusaram um convite para participar de uma reunião convocada pelo The Nation, principal jornal do local, para discutir a liderança política do país.
Em termos gerais, o partido no poder ignora a mídia independente e critica os profissionais da imprensa que ousam questionar sua gestão ou suas decisões.
Durante a campanha para eleições gerais, em janeiro e fevereiro de 2013, o The Nation recebeu uma quantidade significativa de publicidade do partido no poder, ao passo que anteriormente esse partido havia optado por colocar publicidade apenas no seu concorrente, The Advocate, que é visto como um jornal pró-governo. O The Nation possui um público muito maior.
Na única estação de TV de Barbados, estatal, o desfile noturno de ministros aumentou despudoradamente. Não houve debates televisionados dos dois principais partidos políticos. Houve cinco transmissões políticas de meia hora de duração cada uma, três para representantes do governo e dois para representantes da oposição.
Houve uma liberalização das ondas de rádio, mas ainda não há transparência na emissão das licenças. Antes das eleições gerais, e de forma alarmante, o partido do governo anunciou a criação de uma estação de rádio com seu nome e que transmitiu mensagens nos últimos sete dias da campanha. Essa estação permitia que os ouvintes acessassem reuniões políticas realizadas pelo partido e discursos e apresentações feitos pelos líderes do partido. Não há informações, até agora, sobre a concessão de uma licença a essa rádio que representou uma vantagem em relação à oposição. Para benefício da democracia, outras empresas de mídia estão pedindo explicações para esse episódio tão incomum.
Barbados não possui uma Lei de Liberdade de Informação, apesar de o tema ter sido bastante discutido nos últimos anos.
Caribe Oriental e Guiana
No Caribe Oriental e na Guiana, o controle político da mídia continua sendo preocupante devido à existência de empresas jornalísticas com fortes filiações políticas. Outros países no Caribe Oriental não promulgaram leis para apoiar uma imprensa livre e desimpedida.
O Caribe Oriental, como a maioria do resto do mundo, continua sentindo os efeitos da crise econômica mundial. Os governos têm tentado suavizar o impacto para os pobres aumentando os programas sociais, como assistência financeira, suporte financeiro para agricultores e programas de trabalho de reparo de estradas, mas não podem fazer muito mais porque também estão sendo afetados pela redução da sua receita.
Jamaica
Os problemas de liberdade de imprensa continuam sendo preocupantes. Cinco anos depois de uma comissão nomeada pelo governo ter recomendado reformas nas leis de difamação e calúnia, e três anos depois de uma comissão parlamentar ter assinado as mudanças, elas ainda devem ser aprovadas pelo Parlamento do país. A falha em aprovar e assinar as mudanças na legislação de calúnia está tendo efeitos atemorizantes na mídia.
A Associação dos Meios de Comunicação da Jamaica (Media Association of Jamaica - MAJ) e a Associação de Imprensa da Jamaica (Press Association of Jamaica - PAJ) têm pressionado o Parlamento e o governo para que avancem com a reforma da legislação de calúnia e difamação. O ministro da Justiça prometeu que o Parlamento jamaicano pretende aprovar o projeto de lei de difamação e calúnia durante o ano legislativo que termina em 31 de março de 2013.
Outra preocupação são os crimes cibernéticos ou online. O Ministério Público e a polícia estão fazendo pressões para que a difamação cibernética seja considerada crime.
A mídia considera essa situação extremamente preocupante e argumenta que está na contra mão da tendência mundial de descriminalizar a calúnia e proteger o direito fundamental de liberdade de expressão.
Trinidad e Tobago
O Estado mantém seus ativos de mídia, no rádio e na TV, e tem também presença online. O governo e os órgãos e empresas estatais usam de forma desproporcional os meios estatais para sua publicidade, e também as empresas geralmente vistas como favoráveis ao governo.
A criminalidade continua sendo um grande problema em Trinidad e Tobago, e assaltos à mão armada com assassinatos, guerras entre gangues e tráfico de drogas são comuns. A mídia noticiosa trabalha predominantemente com reportagens sobre crimes. A segurança pessoal é a principal preocupação.
Madrid, Espanha