México
CONSIDERANDO
que o jornal El Imparcial e seus jornais associados publicaram uma longa reportagem em julho de 2001 na qual denunciaram a participação do general Francisco Arellano Noblecía, atual chefe das Forças Armadas de Apoio da Policía Federal Preventiva, no assassinato de sete camponeses, ocorrido em San Ignacio Río Muerto, Sonora, em outubro de 1975
CONSIDERANDO
que em represália Arellano entregou a um jornal da Cidade do México cópias de supostos cheques de vários milhões de pesos e de dólares que foram supostamente entregues por um narcotraficante à empresa que edita o El Imparcial, em 1981 e 1983
CONSIDERANDO
que para esclarecer essa situação, a empresa editorial entrou com denúncia por falsificação de documentos, difamação e calúnia ante a procuradoria-geral da República e que apresentou denúncia por violáceos à liberdade de expressão perante a Comissão Nacional de Direitos Humanos
CONSIDERANDO
que o general Arellano processou por difamação e calúnias o jornal El Imparcial e seus associados em novembro de 2001 pela série de reportagens que foram publicadas sobre o massacre de San Ignacio Río Muerto
CONSIDERANDO
que a denúncia ao El Imparcial não teve desdobramentos seis meses depois e que existem evidências de que o general Arellano utiliza recursos humanos e econômicos da Secretaria de Segurança Pública para realizar essa campanha contra os referidos jornais
CONSIDERANDO
que o jornal Vanguardia, de Saltillo, teve suas instalações agredidas, assim como seus funcionários, por um grupo de pessoas identificadas como sendo do Instituto Mexicano de Previdência Social, as quais causaram danos ao patrimônio, paralisaram temporariamente a produção do jornal e tentaram se apoderar de documentos administrativos
CONSIDERANDO
que o princípio 4 da Declaração de Chapultepec diz que "o assassinato, o terrorismo, o seqüestro, as pressões, a intimidação, a prisão injusta dos jornalistas, a destruição material dos meios de comunicação, qualquer tipo de violência e impunidade dos agressores, afetam seriamente a liberdade de expressão e de imprensa. Estes atos devem ser investigados com presteza e punidos severamente"
A REUNIÃO DE MEIO DE ANO DA SIP RESOLVE
protestar junto às autoridades de Saltillo e à Previdência Social pelo ataque ao jornal Vanguardia, que é uma violação da liberdade de imprensa
solicitar à Procuradoria-geral do país a agir com rapidez quanto à denúncia apresentada pelo El Imparcial para esclarecer a origem dos supostos cheques
solicitar ao ministro do Interior e à Secretaria de Segurança Pública que verifiquem que o general Arellano Noblecía não utilize recursos oficiais em sua defesa nem em suas acusações contra o El Imparcial
solicitar que a denúncia criminal contra a empresa que publica o jornal não seja utilizada como uma arma para intimidar nem ameaçar o livre exercício da liberdade de imprensa no México.