CONSIDERANDO
que na sua mensagem ao país, em 10 de agosto passado, o presidente do Equador, Rafael Correa Delgado, acusou a imprensa de ser seu maior adversário político e iniciou uma campanha de agressão a jornalistas e meios independentes
CONSIDERANDO
que estão sendo examinados na Assembleia Nacional projetos de lei da comunicação que tendem a limitar a liberdade de informação dos cidadãos
CONSIDERANDO
que a missão da SIP que visitou o Equador em 19 de outubro passado concluiu que o projeto de lei apresentado por um membro do partido do governo é "restritivo, criará censura do governo, incentivará a autocensura e limitará o jornalismo investigativo, desnaturalizando o papel da imprensa em uma democracia"
A ASSEMBLEIA GERAL DA SIP RESOLVE
reiterar sua preocupação com a deterioração do clima social e com as agressões do governo à liberdade de expressão no Equador
condenar a perseguição e violência contra jornalistas e meios de comunicação independentes
insistir junto aos membros da Assembleia Nacional do Equador para que as novas leis que sejam criadas cumpram o estabelecido na Constituição, que prevaleça o respeito irrestrito à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa e à liberdade de acesso à informação pública, nos termos previstos na própria Constituição, na Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas e na Convenção Interamericana dos Direitos Humanos (Pacto de San José), dos quais o Equador é signatário
exigir que a polícia e as autoridades em geral garantam o trabalho livre e normal da imprensa na cobertura das notícias e eventos importantes para o público
recordar ao governo equatoriano seu compromisso de não utilizar politicamente os meios de comunicação confiscados e pedir que se agilizem os procedimentos legais pertinentes para que tais meios sejam levados a leilão de acordo com a lei.
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Madrid, Espanha