Argentina I

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CONSIDERANDO que de maneira sistemática, diante da publicação de notícias e opiniões que não se alinham com a agenda e o discurso oficial, o governo argentino, em vez de se concentrar nas informações difundidas, prefere atacar e desqualificar quem emite as notícias, fato que só aumenta o clima de intolerância, prejudica o direito à informação e afeta a liberdade de expressão CONSIDERANDO que a escalada contra os meios de comunicação tem incluído, de maneira reiterada, a discriminação de jornalistas quanto ao acesso às fontes de informação, obstáculos ao acesso à informação pública, o maltrato a profissionais em coletivas de imprensa, e su a estigmatização dos jornalistas de acordo com o meio para o qual trabalham CONSIDERANDO que em vez de diminuírem, continuam piorando, e de forma alarmante, as hostilidades do governo quanto aos meios de comunicação, editores e jornalistas, por meo de comentários caluniosos que incluem falsas acusações de extorsão, desestabilização institucional e denúncias de censura inexistente CONSIDERANDO que continuam aumentando as práticas questionáveis do governo em relação aos meios de comunicação, tais como: a arbitrariedade na distribuição da publicidade oficial; a cooptação de meios de comunicação privados por meio de empresas afins ao poder; o abuso e a utilização dos meios públicos para promover o discurso oficial e estigmatizar outras vozes CONSIDERANDO que a Declaração de Chapultepec em sei Art. 6 estabelece que “os meios de comunicação e os jornalistas não devem ser objeto de discriminações ou favores em razão do que escrevem ou dizem” A REUNIÃO DE MEIO DE ANO DA SIP RESOLVE alertar sobre as atitudes de hostilidade e violência por parte de setores do governo e do partido governista contra editores, jornalistas e meios de comunicação da Argentina, que têm se repetido com inusual frequência e gravidade nos últimos tempos Instar o governo a reverter o clima de confrontação direta contra os meios de comunicação e jornalistas e criar as condições necessárias para que a tarefa informativa possa se desenvolver em um marco de tolerância e respeito à função informativa e ao labor do jornalismo em democracia exortar o governo a cessar o uso arbitrário e discricionário de recursos e meios públicos destinados a uma grosseira estratégia de propaganda oficial e de agravo permanente a jornalistas e editores independentes. Velar para que a liberdade de expressão no país não se veja ensombrada por atitudes hostis e intimidantes e que se interrompam as mostras de intolerância ante a publicação de opiniões e informações que não coincidem com a pretendida pela linha oficial de interpretação da realidade solicitar ao governo que garanta o acesso igualitário de jornalistas às fontes de informação públicas, sem discriminação de nenhuma índole

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