Argentina III

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CONSIDERANDO que as medidas de perseguição do governo contra os meios de comunicação também põem em perigo sua sustentabilidade, afetando seus insumos e que, nesse sentido, devem-se mencionar as medidas do governo contra a Papel Prensa, principal produtora de papel para jornais na Argentina e que abastece 95% dos jornais do país CONSIDERANDO que essa estratégia oficial também apresenta o risco de o governo tentar controlar o abastecimento de um insumo básico para a imprensa, considerando-se que esse objetivo foi mencionado publicamente e em tribunais por funcionários públicos, os quais depois foram afastados dos seus cargos por não cumprirem as exigências do plano oficial CONSIDERANDO que o perigo de criar obstáculos para as operações da companhia ficou claro por meio de resoluções e medidas administrativas que querem complicar seu funcionamento, interferir nas suas políticas comerciais e tomar medidas legais contra ela CONSIDERANDO que nesta mesma linha, representantes do governo e das forças governistas iniciaram uma campanha de desprestígio, que a companhia desmentiu imediatamente, e que essa estratégia tem sido acompanhada por uma série de medidas colaterais, tais como incursões violentas à companhia feitas por funcionários do governo ou ações judiciais que têm sido rapidamente rejeitadas CONSIDERANDO que o artigo 5 da declaração de Chapultepec estabelece que “a censura prévia, as restrições à circulação dos meios de comunicação ou à divulgação de suas mensagens, a imposição arbitrária de informação, a criação de obstáculos ao livre fluxo informativo e as limitações ao livre exercício e mobilização dos jornalistas, opõem-se diretamente à liberdade de imprensa” A REUNIÃO DE MEIO DE ANO DA SIP RESOLVE alertar sobre as reiteradas medidas administrativas que têm sido adotadas ultimamente e que pretendem dificultar o funcionamento normal da companhia Papel Prensa instar os diversos órgãos do governo a acabar com o plano sistemático contra a referida companhia, que abastece mais de 95% dos jornais argentinos garantir a manutenção da política de livre comercialização do papel que existe há muitos anos na Argentina, considerando-se que esse insumo, que é vital para a produção de jornais, não pode nunca ser considerado como um elemento de pressão para o livre exercício do jornalismo.

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