IMPUNIDADE Assassinados/Desaparecidos

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CONSIDERANDO que de novembro de 2009 a março de 2010 foram assassinados 11 jornalistas no Brasil, Colômbia, Honduras e México, e que neste último país seis profissionais da imprensa estão desaparecidos CONSIDERANDO que no México, o país com maiores riscos para o exercício do jornalismo nas Américas, foram assassinados seis jornalistas: Evaristo Pacheco Solís, do semanário Visión Informativa, Chilpancingo, Guerrero, morreu em consequência de tortura em 12 de março de 2010; Jorge Ochoa Martínez, dos semanários El Sol de la Costa Chica e El Oportuno, Costa Chica, Guerrero, em 29 de janeiro de 2010; José Luis Romero, da rádio Línea Directa, Sinaloa, sequestrado em 30 de dezembro de 2009, cujo corpo foi encontrado em 16 de janeiro de 2010; Valentín Valdés Espinosa, do jornal Zócalo de Saltillo, Saltillo, Coahuila, em 7 de janeiro de 2010; José Alberto Velázquez López, da revista Expresiones e do Canal 30, Tulum, Quintana Roo, em 22 de dezembro de 2009; José Emilio González Galindo, da rádio da Universidade de Guadalajara, Ciudad Guzmán, Jalisco, em 24 de novembro de 2009; e Jorge Rábago Valdez, da rádio Rey e Reporteros en Red, Reynosa, Tamaulipas, falecido em 4 de março de 2010 em consequência da tortura sofrida durante sequestro CONSIDERANDO que se desconhece no México o paradeiro de María Esther Aguilar Cansimbe, do jornal El Diario de Zamora, Michoacán, desaparecida desde 10 de novembro de 2009, e de outros cinco jornalistas, de meios impressos e eletrônicos, sequestrados entre 18 de fevereiro e 3 de março de 2010 em Reynosa, Tamaulipas, e cujas identidades não foram reveladas por medo de represálias e de colocar em risco a vida dos jornalistas CONSIDERANDO que em Honduras foram assassinados três jornalistas: Nahún Palacios, da Televisora del Aguán, Canal 5 e da Rádio Tocoa, Tocoa, Colón, em 14 de março de 2010; David Meza, da Rádio El Patio, Rádio América e Canal 10, La Ceiba, Atlántida, em 11 de março de 2010, e Joseph Hernández Ochoa, do Canal 51, Tegucigalpa, em 1º de março de 2010 CONSIDERANDO que na Colômbia foi assassinado Harold Rivas Quevedo, do canal CNC Bugavisión, Valle del Cauca, em 15 dezembro de 2009, e que em 19 de março foi assassinado Clodomiro Castillo Ospino, diretor e proprietário da revista El Pulso del Tiempo e jornalista da emissora La Voz de Montería CONSIDERANDO que no Brasil foi assassinado José Givonaldo Vieira da Rádio Bezerros FM e Folha do Agreste, Pernambuco, em 14 de dezembro de 2009 CONSIDERANDO que o Princípio 4 da Declaração de Chapultepec estabelece: “O assassinato, o terrorismo, o sequestro, as pressões, a intimidação, a prisão injusta dos jornalistas, a destruição material dos meios de comunicação, a violência de qualquer tipo e a impunidade dos agressores restringem severamente a liberdade de expressão e de imprensa. Estes atos devem ser investigados com prontidão e sancionados com severidade” A REUNIÃO DE MEIO DE ANO DA SIP RESOLVE condenar o assassinato e o sequestro de jornalistas no Brasil, Colômbia, Honduras e México como instrumento daqueles que usam a violência para restringir a liberdade de imprensa, e reivindicar nesses países a aplicação rigorosa da justiça para que se conheçam os motivos e que sejam presos os instigadores e autores materiais desses crimes alertar para o nefasto panorama de violência em que vive o México, especialmente os jornalistas e meios de comunicação do interior do país, e instar o governo a aplicar de maneira urgente medidas para resgatar os sequestrados, investigar os assassinatos, dar um basta nos ataques e tomar medidas legais duras para acabar com a impunidade e garantir a liberdade de imprensa sem medo de represálias instar as autoridades de Honduras a investigar urgentemente os assassinatos contra jornalistas, descobrir os motivos dos crimes e, de maneira exemplar, levar os responsáveis à justiça para que não reine a impunidade pedir às autoridades pertinentes na Colômbia que investiguem rapidamente e elucidem o assassinato de Harold Rivas Quevedo e que os autores materiais e intelectuais sejam levados à justiça solicitar que as autoridade do Brasil esclareçam o assassinato de José Giovaldo Vieira e levem à justiça os responsáveis intelectuais e materiais para que se conheça o motivo do assassinato e para que o crime não fique impune.

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