CONSIDERANDO que o governo de Cuba mantém sua vocação de repressão ao jornalismo independente e continua sendo considerado um dos principais violadores da liberdade de expressão no hemisfério ocidental;
CONSIDERANDO que a libertação de 16 jornalistas independentes desde julho, apesar de ser uma notícia positiva, é também motivo de preocupação porque o governo impôs como condição para sua libertação que abandonassem o país, e oito jornalistas continuam na prisão;
CONSIDERANDO que os jornalistas e blogueiros independentes são alvo de medidas de repressão que vão desde prisão por períodos curtos até a colocação de filtros para impedir que acessem a internet;
CONSIDERANDO que correspondentes estrangeiros continuam sendo controlados pelo governo e sua cobertura está restrita a temas que não sejam considerados confidenciais pelo governo;
CONSIDERANDO que a Declaração de Chapultepec adverte que o exercício da liberdade de expressão e de imprensa não é uma concessão das autoridades, mas sim um direito inalienável do povo (principio 1).
A ASSEMBLEIA GERAL DA SIP RESOLVE:
reiterar e exigir a libertação incondicional dos jornalistas independentes que continuam na prisão, um deles desde 1998;
condenar a atitude do governo cubano de impor como condição para a libertação dos jornalistas independentes que abandonassem o país , sendo que estavam cumprindo penas de prisão injustas;
exigir a suspensão das medidas repressivas contra os jornalistas e blogueiros independentes;
exigir que as autoridades cubanas deixem de perseguir os correspondentes estrangeiros credenciados para trabalhar na ilha, o que os impede de fazer uma cobertura clara dos temas que consideram confidenciais.
Madrid, Espanha