O país continua sendo um dos mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo. Quase todas as agressões contra a mídia e assassinatos de jornalistas ficam na impunidade. Essa situação fez com que a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CONADEH) declarasse que “a impunidade é um dos problemas mais sérios que dificultam o avanço no cumprimento efetivo dos direitos humanos”.
Acrescentou que a “persistência da impunidade no país gera um sentimento de impotência e frustração no povo hondurenho. Sempre que morre uma pessoa vinculada à mídia, viola-se, em primeira instância, o direito à vida, e se afeta também o direito à liberdade de pensamento, de expressão e o direito de informar adequadamente”.
A SIP tem insistido junto ao governo para que implemente mecanismos que contribuam para diminuir o ambiente hostil em que a imprensa trabalha, mas a falta de vontade política faz-se evidente. Um exemplo é o fato de ainda não ter sido aprovado o projeto de lei para proteção de jornalistas, advogados, defensores de direitos humanos e outros grupos vulneráveis que está parado no Congresso desde 2012.
Continuam em vigor normas e resoluções do governo que limitam o acesso a informações públicas e que violam os princípios de transparência e prestação de contas previstos na “Lei para Classificação de Documentos Públicos Relacionados com a Segurança da Defesa Nacional”.
Outros fatos relevantes neste período:
Em 15 de dezembro, foi assassinado a tiros Reynaldo Paz Mayes, proprietário do canal 28, RTN, na cidade de Comayagua.
Em 5 de fevereiro foi assassinado a tiros o jornalista Carlos Fernández Umaña, que foi morto após apresentar o noticiário do horário nobre do canal 27 em Roatán, Islas de la Bahía.
Madrid, Espanha