PORTO RICO

Aa
$.-
Têm surgido manobras do governo para negar o acesso de jornalistas a informações de caráter público relevante. Por este motivo, em 4 de dezembro de 2014, a Associação de Jornalistas de Porto Rico (ASPPRO) e a publicação digital Sin Comillas processaram o Secretário da Fazenda e o Comissário de Instituições Financeiras depois de solicitações infrutíferas para obter um relatório da empresa KPGM sobre o sistema tributário do país, para servir de base para uma nova reforma tributária em discussão no Legislativo. Segundo os autores da ação, o governo de Alejandro García Padilla cobrou por decreto a necessidade de transparência nos documentos públicos. No entanto, não foi isso o que aconteceu com o relatório da empresa KPMG. Funcionários do governo chegaram a justificar a sua recusa em divulgar o relatório, alegando que isso geraria um clima de "desinformação" e especulação, capa de interferir no trabalho dos funcionários, criando para eles o "problema" de ter de responder perguntas dos jornalistas e da mídia. Em 3 de fevereiro, a juíza Aileen Navas Auger do Tribunal de San Juan, deu  24 horas ao Departamento da Fazenda para entregar este relatório à imprensa, declarando em sua sentença que: "O Estado falhou por não estabelecer as condições necessárias para tornar público o documento". O decreto foi cumprido. O Tribunal de Recursos rejeitou uma ação judicial por perdas e danos, difamação, injúria e calúnia de Roberto Torres Torres e várias empresas, contra quatro entidades de classe da Autoridade de Energia Elétrica (AEE) e os meios de comunicação El Nuevo Día, Primera Hora, El Vocero e Noticel. Os fatos ocorreram em 24 de junho de 2012, quando esses sindicatos denunciaram, em conferência de imprensa, um alegado conflito de interesses entre o então vice-presidente do Conselho Diretor da AEE, José Pérez Canabal, e as empresas autoras da ação. Esta notícia foi divulgada pelos meios de comunicação supramencionados, o que motivou a ação judicial. Esta havia sido rejeitada no Tribunal de Primeira Instância que determinou que os autores da ação não conseguiram especificar quais foram as falsas alegações publicadas nos jornais. A ASPPRO solicitou a intervenção do superintendente da polícia, José Caldero, em um caso envolvendo a jornalista da Telemundo, canal 2, Ivette Sosa, que denunciou ter sido ameaçada por Miguel Rosado Carrero, coronel da polícia. Estas ameaças, expressas em uma carta do Coronel à jornalista, surgiram assim que Ivette Sosa deu continuidade a um alegado caso de suicídio, que, de acordo com os parentes do falecido, foi um assassinato.

Compartilhar

0