Violência contra mulheres jornalistas

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Resolução apresentada à SIP
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CONSIDERANDO que a SIP reconheceu, no Dia Internacional da Mulher, as contribuições feitas pelas mulheres jornalistas dos países das Américas e alertou que muitas delas enfrentam condições adversas que põem em risco sua dignidade e sua vida;

CONSIDERANDO que as mulheres jornalistas sofrem ataques relacionados a estereótipos e papéis, e que sete entre dez mulheres sofreram violência na internet em 2020, de acordo com a Unesco;

CONSIDERANDO que foram feitos progressos na participação das mulheres em redações e em cargos de liderança executiva, embora seja necessário aumentar os esforços para promover a diversidade nas áreas editorial, de diretoria e gerência;

CONSIDERANDO que as iniciativas de alguns meios de comunicação para aplicar uma perspectiva de gênero a seus conteúdos são importantes, nomeando editoras com foco na igualdade de gêneros e na violência contra as mulheres, e que foram implementados programas para alcançar a igualdade em vários aspectos trabalhistas, assim como diretrizes para uso de linguagem não sexista e a eliminação de estereótipos;

CONSIDERANDO que a mídia deve desempenhar um papel positivo para a eliminação de preconceitos e atitudes tendenciosas em relação às mulheres na sociedade e na promoção de seu direito a uma vida sem violência e discriminação;

CONSIDERANDO que as Declarações de Chapultepec e Salta reafirmam que os direitos relacionados à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa devem ser garantidos a todas e todos igualmente nos ambientes digitais e tradicionais;

A REUNIÃO DE MEIO DE ANO DA SIP RESOLVE

Condenar os casos de mulheres jornalistas que são vítimas de violência por exercerem seu direito à livre expressão;

Solicitar às empresas jornalísticas que eliminem todos os tipos de diferenciação de gênero em termos de benefícios e direitos, melhorem os protocolos contra o assédio sexual no local de trabalho e garantam um ambiente livre de assédio e a segurança das mulheres jornalistas por meio de guias de autoproteção e treinamento especializado;

Pedir que governos, associações de jornalistas e veículos de comunicação do continente tomem medidas condizentes com o debate atual que está abrindo uma nova agenda para o respeito dos direitos da mulher em todos os campos.

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