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Profunda preocupação.

A SIP pede a libertação de jornalistas sequestrados no Haiti

“Exigimos que as autoridades haitianas façam tudo o que estiver ao seu alcance para localizar e resgatar os jornalistas sequestrados com vida.”

21 de abril de 2025 - 21:21

Miami (8 de abril de 2025) - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) expressou hoje sua profunda preocupação com a segurança de dois jornalistas desaparecidos no Haiti. A organização continental pediu às autoridades provisórias que intervenham com urgência para garantir a libertação dos jornalistas e o restabelecimento da ordem diante do avanço do controle das gangues armadas.

De acordo com a organização local SOS Journalistes, grupos criminosos que ocupam a cidade de Mirebalais, no departamento de Plateau Central, desde o final de março, têm como reféns o jornalista Roger Claudy Israel - ex-correspondente da Radio Ginen e proprietário da RC FM Radio - e seu irmão Marco Israel. Os sequestradores divulgaram um vídeo com ameaças de execução, alertando sobre sua integridade física.

Em outro incidente na mesma área, Christophe Collegue, ex-correspondente da Voz da América no Haiti, continua desaparecido. Além disso, a casa de seu filho, Anderson Collegue, atualmente correspondente da Radio Caraïbes, foi incendiada no que parece ser um ataque direto à sua família.

Na semana passada, gangues armadas atacaram a cidade de Mirebalais, libertaram mais de 500 prisioneiros, forçaram o deslocamento de milhares de moradores e cometeram atos de sequestro e assassinato para espalhar o terror na região.

“Entendemos que o Haiti está em uma situação terrível, mas isso não justifica a inação”, disse o presidente da SIP, José Roberto Dutriz, CEO e diretor geral da La Prensa Gráfica, de El Salvador. “Exigimos que as autoridades haitianas façam tudo o que estiver ao seu alcance para localizar e resgatar os jornalistas sequestrados com vida.”

Por sua vez, o segundo vice-presidente da SIP e presidente do Comitê de Liberdade de Imprensa e Informação da organização, Carlos Jornet, alertou sobre a falta de garantias mínimas para o exercício do jornalismo no Haiti. “Enquanto os grupos criminosos continuarem agindo com total impunidade, a imprensa continuará a ser alvo”, disse Jornet, editor do jornal argentino La Voz del Interior. “Nosso apoio incondicional está com os jornalistas do Haiti que, em meio ao caos e à falta de proteção, continuam a arriscar suas vidas para dizer a verdade.

O Haiti está em uma crise multidimensional há décadas, marcada pelo controle territorial das gangues, paralisia institucional e uma grave situação humanitária. De acordo com as Nações Unidas, o país está passando por “uma crise de direitos humanos sem precedentes, com níveis alarmantes de violência, corrupção e instabilidade social e econômica”.

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